O Comitê de Levantamento da Safra Agrícola de Uberaba reuniu-se na manhã desta terça-feira (16) para discutir a diminuição das áreas plantadas e a queda da produtividade.
Participaram do encontro representantes da Secretaria do Agronegócio (Sagri), Sindicato Rural de Uberaba (SRU), Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.
Com quase 100 dias sem chuva, o Comitê comparou as principais culturas de 1ª safra (milho e soja) com áreas colhidas, tendo a produtividade considerada normal. Já na safrinha, o milho teve queda de área e produção, e destacou o comprometimento, especialmente nas culturas de sorgo e trigo sequeiro, com a redução de 40% e 60%, respectivamente, nas áreas destinadas ao plantio.
Segundo o extensionista da Emater, Petrônio José da Silva, os produtores que plantaram a 2ª safra, na primeira quinzena de fevereiro, aproveitaram as chuvas do período e terão resultados esperados, já o agricultor que demorou para começar o plantio vai sofrer a queda de produção e nem chegará a colher.
“As culturas de milho e sorgo tiveram chuvas parciais, já a de trigo não pegou nenhuma chuva, e sem água a qualidade do trigo colhido tem sido considerada péssima. Sendo assim, o produtor tem direcionado a colheita para usar como ração. O setor climático comprometeu toda a produção. Muitos produtores, sabendo da situação que enfrentariam nem chegaram a plantar e, todos estes motivos estão comprometendo a safra 2023/2024. Uberaba está seguindo as estimativas do resto do Estado”, esclareceu.
De acordo com Agnaldo Silva, secretário do Agronegócio, com o passar das reuniões, mês a mês, foi possível verificar o desenvolvimento da safra e os cenários adversos enfrentados pelos produtores.
“Os produtores rurais são fantásticos. Os resultados de queda só não foram mais expressivos devido às tecnologias disponíveis e sempre empregadas pelo setor. Nossos agricultores enfrentaram periodicamente os problemas climáticos, o que não é diferente de outras regiões do Estado e do País.”