A soja foi um dos produtos que mais sofreu impacto com a seca na região (Foto/Divulgação/Pedro Silvestre)
Uberaba está há cerca de 150 dias sem chuvas e vive um inverno com temperaturas acima da média histórica. Este cenário é desafiador não apenas para a população em geral, que precisa conviver diariamente com os efeitos da falta de chuva, mas também para o agronegócio, que depende diretamente da água.
O Secretário do Agronegócio em Uberaba, Agnaldo Silva, contou à reportagem do Jornal da Manhã que, de forma geral, esta seca impactou negativamente a produção agrícola e pecuária no município, com a diminuição no processo produtivo das culturas agrícolas e de pastagens.
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Houve, de acordo com o secretário, uma perda substancial na safrinha, especialmente nas culturas do sorgo e do trigo. Na safra de 2023/2024, houve um retardo no plantio, devido a questões climáticas, o que desencadeou colheita tardia e, consequentemente, queda na safrinha. Outro problema pontuado é em relação às queimadas. “Essas condições adversas podem levar a uma retração da produtividade”, afirma.
Em relação ao vazio sanitário, que é o período em que não se pode plantar ou manter plantas vivas em determinada área, Agnaldo afirmou que não houve alteração ou prejuízo, visto que, de acordo com a portaria SDA/Mapa número 1.111 de 13/05/2024, o período de vazio sanitário entrou em vigor no dia 03 de julho e estende até 30 de setembro deste ano.
Para que os prejuízos às plantações sejam minimizados, o secretário afirma que a busca por soluções de cada produtor é respeitada em sua individualidade. “No entanto, o que facilitaria é o acesso aos recursos do plano safra 2024/2025”, finaliza.