Após a manifestação de estudantes e moradores na avenida Nenê Sabino na noite de anteontem, secretário municipal de Planejamento, Karim Abud Mauad, procurou a reportagem do Jornal da Manhã para esclarecer quanto à responsabilidade das alterações no trânsito daquela região.
A discussão é antiga. De acordo com o secretário, foi feito o Estudo de Impacto da Vizinhança, por parte da Universidade de Uberaba (Uniube), conforme previsto na lei do Estatuto das Cidades, e protocolado em 22 de março de 2010. Através deste estudo, foram apresentadas medidas compensatórias para diminuir os transtornos causados na região, principalmente nos horários de pico, mas, conforme Mauad, o que foi apresentado não está adequado à necessidade de minimizar os impactos acarretados pela instituição.
De acordo com nota da secretaria, as adequações necessárias são remanejamento dos ônibus, semáforos, fechamento da rua Guiomar Rodrigues da Cunha (trecho entre avenida Afrânio de Azevedo e rua Pernambuco), implantação de binários, entre outros.
Portanto, conforme informações da Assessoria de Imprensa da Prefeitura Municipal, em audiência pública realizada na Câmara dos Vereadores, em dezembro do ano passado, ficou acordado que a Uniube apresentaria nova proposta para a solução dos problemas levantados no Estudo, não só no Campus Aeroporto, como na região do Hospital Veterinário.
Porém, em outra oportunidade, em janeiro de 2011, representantes da Uniube compareceram à Secretaria de Planejamento (Seplan), firmando o compromisso de manter a proposta discutida anteriormente, mas pedindo para entregar novo projeto com as medidas compensatórias acordadas no prazo de cinco meses, o que não foi aceito por parte da Seplan. Desde então, a Seplan aguarda projeto da Uniube com nova proposta, que será avaliada e executada, caso seja aprovada.
Mauad esclarece que não transferiu a responsabilidade para a universidade, conforme declaração do estudante Vitor Oliveira, pois cabe à instituição, após causar o impacto na vizinhança, o dever de criar e viabilizar compensações na via pública para solucionar esse transtorno.