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Secretário nega indústria da multa em Uberaba

Publicado em 27/03/2011 às 19:03Atualizado em 20/12/2022 às 01:02
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Ricardo Sarmento, titular da Secretaria de Trânsito, Transportes Especiais, Proteção de Bens e Serviços Públicos (Settrans), garante a não-existência da indústria da multa em Uberaba.

De acordo com ele, a aplicação das multas é uma obrigação do município para o controle efetivo do trânsito, conforme prevê o Código de Trânsito Brasileiro (CTB). “É uma legislação legal para que a gente faça controle do tráfego com intuito de preservar a vida dos cidadãos”, diz.

Conforme esclarece, o município possui duas empresas responsáveis pelos radares eletrônicos, além da Sinalização de Trânsito Industrial Ltda. (Sitrans) e o Consórcio União, composto por outras duas empresas especializadas - sendo uma delas a Controle de Gerenciamento de Trânsito (CGT). E garante que nenhuma delas está envolvida com a máfia da indústria da multa, denunciada pelo Fantástico, da TV Globo. Segundo ele, as empresas foram contratadas através de processo licitatório e têm contrato por quatro anos, podendo ser prorrogado para outros quatro.

Segundo ele, a Perkons, citada na reportagem da máfia das multas, é a fabricante dos radares utilizados pela Sitrans e pelo Consórcio União. “O município não tem nenhuma ligação com esta empresa. Ela só é fabricante de radares e fornece os equipamentos à Sitrans”, reforça.

Quanto ao valor destinado às empresas, ele explica que o pagamento é feito com base na quantidade de equipamentos em operação no município. Atualmente, a administração municipal destina, mensalmente, R$230 mil com os radares eletrônicos. “O valor é fixo e não é comissionado”, garante. Ele também confirma que, caso haja a necessidade de mais equipamentos, o montante pode ser alterado. “Pagamos por equipamento e por faixa”, diz. No ano passado, o município gastou R$2,8 milhões com os equipamentos, conforme dados obtidos pela reportagem do Jornal da Manhã junto à Prefeitura de Uberaba.

De acordo com o secretário, os radares são instalados por conta da dificuldade em manter um agente de trânsito permanente em cada cruzamento. “Isso possibilita cobrirmos uma área maior em decorrência do baixo quadro de agentes de trânsito”, diz, Sarmento ainda acredita que se houvesse capacidade maior de fiscalização, poderia ser contabilizado um número bem maior de infrações de trânsito. “Existe muita gente cometendo infração de trânsito do que realmente é notificado”, avalia. Ele também deixa claro que não existe produtividade aos guardas municipais quanto ao volume de multas aplicadas.

Mas, para ele, o número de infrações não é tão significativo, levando em conta o número de veículos circulando, algo em torno de 154 mil. A afirmação vai contra os dados levantados pelo JM. Somente no ano passado, 45.624 multas foram aplicadas. Isso indica que 30% da frota de veículos circulante receberam algum tipo infração de trânsito, seja através de radar ou por talão.

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