Doze presidentes de sindicatos rurais da região participaram da reunião do Núcleo, ocorrida em Sacramento (Foto/Divulgação)
Presidentes de Sindicatos dos Produtores Rurais do Triângulo Mineiro conheceram o programa RetifiCAR, que pretende fortalecer os sindicatos rurais para auxiliar os produtores na retificação do Cadastro Ambiental Rural. A apresentação foi realizada durante reunião do Núcleo dos Sindicatos dos Produtores Rurais do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, promovida em Sacramento, e que reuniu 12 presidentes.
O RetifiCAR foi lançado no ano passado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e tem a parceria do Sistema Faemg Senar e dos sindicatos dos produtores rurais para facilitar a regularização ambiental das propriedades. Além de Minas Gerais, os estados de Mato Grosso do Sul e Rondônia receberam o projeto piloto.
“Minas Gerais tem mais de um milhão de cadastros no SiCAR, mas temos um gargalo na questão da análise, feita pelo órgão estadual competente. Quando o programa iniciou, em setembro de 2023, apenas 0,03% dos cadastros tinha passado por algum tipo de análise. O RetifiCAR visa fortalecer os sindicatos para oferecer esta prestação de serviço especializada para adequação do CAR dentro da entidade, auxiliando o produtor. O CAR analisado é uma oportunidade na segurança jurídica e no acesso a políticas de crédito, por exemplo”, explicou a gerente de Sustentabilidade do Sistema Faemg Senar, Mariana Ramos.
De acordo com ela, o projeto piloto foi promovido em quatro municípios mineiros da região do Alto Paranaíba e Noroeste e a expectativa é expandir para outras regiões do estado.
O presidente do Sindicato de Uberaba (SRU), Marco Túlio Prata, destacou que o produtor rural fez a sua parte ao fazer as inscrições no CAR e cabe agora aos órgãos ambientais fazer a análise e a homologação desses dados que foram enviados. “É importante que o sistema sindical ajude nestas análises, fornecendo ao produtor rural a oportunidade técnica de conferência dos dados enviados e de retificação, se necessário. O CAR é um retrato da propriedade rural e é preciso que esses dados sejam consistentes com a realidade local”, afirmou.