Manifestação pública em frente da entrada principal da Universidade de Uberaba marcou, na manhã de ontem, o início da mobilização dos professores do ensino particular de Uberaba, objetivando o cumprimento da pauta de reivindicações da categoria.
De acordo com o diretor do Sindicato dos Professores (Sinpro), Marcos Gennari Mariano, as atividades de panfletagem sob o slogan “Nenhum Direito a Menos” tiveram como objetivo chamar a atenção dos educadores de toda a cidade e, especialmente, da instituição – considerada o maior estabelecimento de ensino privado do Estado. “A data-base da classe é no dia 1º de fevereiro, mas até agora não recebemos sequer a contraproposta do sindicato patronal. Estamos sendo enrolados com essa protelação”, afirma.
Segundo Mariano, o grande impasse nas negociações junto aos empresários tem sido a proposta de corte de metade do adicional salarial de 20%, que corresponde aos trabalhos extraclasse realizados pelos professores de nível superior, como correção de provas e planejamento de aulas. “Temos convicção de que os profissionais do 3° grau têm um compromisso maior, um envolvimento maior e não entendemos essa penalização”, completa o diretor, justificando que a rede superior privada, do ponto de vista financeiro e mercantil, foi a que mais cresceu nos últimos anos no país.
Em algumas cidades de Minas, inclusive na capital Belo Horizonte, muitas escolas já aderiram à paralisação desde ontem. Independente da entrega do documento patronal que contém as contrapropostas às reivindicações, os filiados ao Sinpro reúnem-se amanhã, às 9h30, para deliberar sobre a possibilidade de greve em Uberaba por tempo indeterminado.