Marcos Mariano, presidente regional do sindicato, ( )
O Sindicato dos Professores no Estado de Minas Gerais (Sinpro) de Uberaba deve apresentar na segunda semana de janeiro a pauta de reivindicações referente a 2024. Segundo o presidente regional do sindicato, Marcos Mariano, os profissionais devem exigir a recomposição salarial e valorização financeira em função da carga de trabalho.
Segundo Mariano, as principais pautas devem buscar as perdas financeiras sofridas pelos professores no período da pandemia de Covid-19, além de requerer valorização financeira do docente. O acumulado de perdas desde o ano início da pandemia seria de 10,72%. “Então, nossa pauta econômica é a recomposição salarial da inflação de 2022 e 2023 acrescida de 3% de ganho real, a título de valorização e também o índice de adicional desta clássica, passando para 1/3. Ou seja, de 20%, que é hoje, para 33%”, pontua Marcos Mariano.
O líder sindical aponta que a pauta se justifica devido ao aumento da carga horária de trabalho extraclasse com o advento da tecnologia, de forma que os professores e alunos então em contato por muito mais tempo. “Hoje, devido ao avanço da tecnologia e também a uma grande quantidade de alunos em salas que foi recomposto, o professor tem muito mais trabalho fora de sala de aula. A gente quer garantir esse 1/3 e também, claro, baseado na lei federal do piso nacional de salário, que não é exclusivamente para serviço público. Ela é o balizador do valor de trabalho docente e que equivale a 33%”, explica.
Ainda, a pauta para 2024 deve exigir a queda do limite de bolsas para filhos de professores. Conforme explica Mariano, atualmente há um limite de três bolsas para cada 100 alunos, limitando a quantidade matrículas. O intuito é que, com a aprovação da pauta, é abolir o limite.
“Queremos também, e essa é uma pauta importante, dentro da convenção coletiva, que se retome um adicional de título, que é como um plano de carreira. Cada formação ou especialização, como mestrado, doutorado e pós-doutorado, o professor tem um índice. Nós pleiteamos 10% para o professor com pós-graduação, 20% para o professor com mestrado e 30% para o professor com doutorado. E dá um incentivo na carreira docente”, afirma.
Por fim, a pauta solicitará a regulamentação no ensino superior na modalidade à distância, para que o professor do EAD seja reconhecido nas mesmas condições de um docente do ensino regular. “Nós exigimos essa igualdade, essa isonomia pautada na questão de que o professor que está trabalhando na modalidade à distância está sendo super explorado. Em relação à quantidade do número de alunos, em relação à jornada de trabalho excessiva... Hoje tem professores nos cursos à distância, que tem 500 alunos, 300 alunos em cada disciplina. Então, o componente curricular hoje, que é uma disciplina, ele deve ser respeitado conforme é no presencial”, conclui o presidente do Sinpro.