Sirenes não foram acionadas

De acordo com o coordenador da Defesa Civil de Uberaba, Sérgio Campos, o acionamento do aparelho que liga as sirenes é restrito ao horário comercial de dias úteis. “O botão do alarme fica em uma sala da Secretaria de Trânsito (Settrans), da qual eu, inclusive, não tenho as chaves”, conta.

Segundo ele, a Defesa Civil sequer possui sede própria e conta apenas com quatro funcionários, e nenhum deles pode acionar o alarme caso se torne necessário em fins de semana ou períodos da madrugada, como aconteceu ontem (quarta-feira). “Vamos esperar o prefeito Anderson Adauto voltar de férias para solicitar a mudança do aparelho. A intenção é fazer com que fique sob o comando do Corpo de Bombeiros, 24h por dia”, completa.

Um dos idealizadores do sistema, o ex-vereador Massuó Machiyama (PSDB) procurou a redação do Jornal da Manhã para, segundo ele, expressar seu protesto contra as dificuldades operacionais do sistema. “Estou verdadeiramente surpreso com o fato de esse equipamento estar em local de difícil acesso. A intenção era fazer com que os comerciantes fechassem suas portas e as pessoas não descessem às avenidas principais, mas, dessa forma, o objetivo fica anulado”, reclama.

Ainda segundo Machiyama, o problema de enchentes na cidade só seria solucionado se os canais centrais fossem aumentados e os bairros ganhassem novas galerias, multiplicando as vertentes para escoamento das enxurradas. “Enquanto isso, a população só conta com o alarme. É um absurdo, visto que mudar o aparelho de lugar seria suficiente”, completa.