Sistema de transposição do rio Claro é montado para enfrentar a seca

A Companhia Operacional de Desenvolvimento, Saneamento e Ações Urbanas (Codau) iniciou nesta semana (1º de agosto) a montagem do sistema de transposição do rio Claro. Trata-se de uma das ações para o enfrentamento do período de estiagem no município, que acontece todos os anos na seca. O complexo conta com cinco conjuntos de motobomba, sendo dois acionados por energia elétrica e três movidos a diesel.

A 1ª etapa dos trabalhos de montagem será concluída hoje (4), quando serão realizados os testes dos dois motores elétricos, que incluem a checagem de vazão e das condições de operação da adutora que transporta a água do rio Claro até o córrego Saudade, afluente do rio Uberaba que conecta as duas bacias hidrográficas. 

“A mobilização nesta etapa é de reinstalação dos cabeamentos dos equipamentos e dos painéis elétricos; testes para a verificação de possíveis vazamentos nas tubulações e operação adequada dos motores. E na próxima semana iniciaremos a montagem dos três motores a diesel. Pelo monitoramento da vazão do rio Uberaba e do clima é possível que o rio Claro comece a ser usado somente em setembro. É uma situação bem mais confortável se comparada com a seca de 2021, quando a transposição foi necessária a partir do dia 20 de junho, e de 2022, quando foi na segunda quinzena de julho”, esclareceu o presidente da Codau, José Waldir de Sousa Filho. Nos anos de 2018, 2019 e 2020, a transposição foi acionada no mês de setembro.

Após os testes de vazão nesta sexta-feira, o sistema voltará a ser desligado até o dia em que houver necessidade de ser acionado. Esta situação dependerá da evolução do comportamento de variação hídrica do rio Uberaba. Nessa quinta-feira, houve redução de 62% na vazão do rio Uberaba, dentro da Estação de Captação. Este percentual é o comparativo com o mês de abril (2023), quando terminou a estação chuvosa em Uberaba. “O rio Uberaba mantém sozinho o abastecimento da cidade, mesmo nestas condições, que já são as esperadas para o período de estiagem”, frisou José Waldir.