Serão realizados quatro mutirões ao longo do ano
Promotor afirma que há verba para a causa animal (Foto/Ilustrativa)
A Superintendência de Bem-Estar Animal atingiu a marca de 8 mil animais castrados em 2023. Para 2024, a meta é garantir que 10 mil animais tenham passado pelo procedimento, ao longo de quatro mutirões. Segundo a superintendente Ana Paula Boaventura, somente no último mutirão, que se encerrou no dia 20 de dezembro, quase mil animais foram castrados.
De acordo com Boaventura, dois recordes estaduais foram quebrados durante o último mutirão. “A empresa contratada, o máximo que ela tinha conseguido castrar eram 157 animais dia. Nós tivemos na terça (19), penúltimo dia, 161 animais [castrados] por dia. Na quarta-feira (20), debaixo de chuva, nem assim o pessoal arredou o pé. Isso significa a confiança que eles estão tendo na nossa nova estrutura. Foram 162 animais, nossa quebra de recorde estadual”, afirma.
Além da expectativa de chegar à 10 mil animais castrados em 2024, a superintendente contra que devem ocorrer quatro mutirões ao longo do ano. Porém, ainda não há datas definidas. “Nós vamos iniciar 2024 com uma pretensão para chegarmos a 10.000. Não, ainda não temos uma data prevista. A intenção nossa são mais 4 mutirões nesses mesmos moldes de 7 dias. Caso a gente tenha que diminuir um, a gente acrescenta os dias, só para poder manter o quantitativo certinho. Todos são, vamos ressaltar, gratuitos, não tem custo nenhum para nenhuma protetora”, afirma.
Ana Paula pontua que ao longo do último mutirão, não foi apresentada nenhuma intercorrência em relação à saúde dos animais. Ainda, a superintendente conta que o trabalho com os animais errantes é desenvolvido com a ajuda das protetoras, que ficam responsáveis pelos cachorros e gatos após a intervenção.
"Elas fazem a captura, exemplo de gatos, levam, castram e ficam com eles. Algumas ficam por 48 horas, outras por 24 horas, porque como é uma cirurgia muito pequenininha, não tem necessidade de ficar muito ali. Porque o animal errante, se você pega aquele animal que nasceu, foi criado e leva para sua casa, ele sofre. Ele não gosta, não quer ficar preso. Ele é um animal de rua, tem que ter todo o cuidado, mas ele é um animal de rua. Aí, solta ele de novo, ele volta no mesmo local onde foi capturado, isso é uma legislação”, explica.
Ainda, o promotor de Justiça, Carlos Valera, aponta que o município está dentro das condições pactuadas no termo do compromisso positivo do programa Prodevida (Programa Regional em Defesa da Vida Animal), que se trata do controle ético da população de cães e gatos.
“Dentro desse termo de ajuste de conduta, há várias ações a cargo do município, basicamente aquelas que estão positivadas na lei, e uma obrigação de castrar anualmente 10% da população canina e de gatos indicadas no censo da vacinação antirrábica. A última vez que eu consultei esse procedimento que tramita lá perante a primeira promotoria de justiça de Uberaba, sobre a presidência do colega Renato Teixeira, o município estava dentro das condições pactuadas”, afirma.