Supressão de árvores no bairro Valim de Melo gera revolta em moradores

O corte de diversas árvores frutíferas na Avenida José Valim de Melo é alvo de denúncia por parte dos moradores da região. Segundo os reclamantes, as árvores haviam começado a desenvolver uma estrutura mais robusta recentemente. A suspeita é de que um empreendimento tenha financiado os cortes. Em áudio, a chefe do Executivo, Elisa Araújo, alega que a ordem de poda não partiu dela.

Em vídeo que circulou nas redes sociais, um morador relata que diversos arbustos foram cortados com motosserra. “Plantar, ninguém vem aqui plantar uma árvore. Aí a população planta e eles tiram. Vê se isso não é uma covardia? Quem foi, ninguém sabe, mas com certeza teve alguma ordem. Às vezes, pensam que a gente está plantando essas árvores frutíferas para colher o fruto e vender. Mas não é, é para criar sombra”, conta o denunciante.

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“Sacanagem, as árvores já estavam grandes. E, em uma seca dessas, o povo cortando árvore. Aí vão plantar outra no lugar e vão regar como?”, reclama um segundo morador da região.

Aos moradores, a prefeita Elisa Araújo informou que a ordem não partiu dela e que será feita uma investigação por meio das câmeras de segurança para descobrir o autor dos cortes. “Pode ter certeza, não foi ordem minha a supressão dessas árvores. Alguém passou por aqui e cortou essas árvores por maldade. Temos que descobrir quem foi, e eu vou descobrir pelas câmeras. Vamos fazer tudo que for possível, porque isso não foi ordem minha”, reforça a prefeita.

A Secretaria de Meio Ambiente (Semam) informou que autorizou a supressão das árvores no canteiro central e calçadas próximo ao condomínio Jardim Ipanema, devidamente solicitados pela loteadora, obedecendo os trâmites legais. Conforme preconiza o Plano de Arborização do Município, essas espécies, como mangueiras e goiabeiras, são inadequadas para a via pública que recebe fluxo de veículos. O Condomínio apresentou também um projeto de arborização planejada para o local, com espécies adequadas que serão devidamente repostas como medida compensatória. A autorização, de acordo com a Semam, também busca evitar que futuramente a população tenha problemas com essas árvores de grande porte como ocorreu no passado em avenidas como Padre Eddie Bernardes, Alexandre Barbosa e Alberto Martins Fontoura Borges, dentre outras. Além dos transtornos para a comunidade, também foram necessários utilizar recursos dos cofres públicos para resolver ou minimizar os problemas que começaram no passado.