CIDADE

Surto de conjuntivite atinge Uberaba

A cidade de São Paulo registrou quase 120 mil casos de conjuntivite entre 1º de fevereiro e 25 de março

Thassiana Macedo
Publicado em 06/04/2011 às 00:52Atualizado em 20/12/2022 às 00:55
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A cidade de São Paulo registrou quase 120 mil casos de conjuntivite entre 1º de fevereiro e 25 de março, segundo a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo. Uma mutação no enterovírus seria a causa de uma conjuntivite mais forte. As conjuntivites são sazonais, sendo que 95% dos casos atuais são do tipo viral, que é inflamatório, e 5% do tipo bacteriano, infeccioso. Em Uberaba, apesar de não haver contagem de casos, a equipe de oftalmologia do Hospital de Clínicas da UFTM revela que entre os cerca de 60 atendimentos diários no pronto-socorro, hoje algo em torno de 90% são para tratamento de conjuntivite.

Segundo a Sociedade Brasileira de Oftalmologia, a conjuntivite pode ser causada por cerca de 12 tipos de vírus. A oftalmologista do Ambulatório Maria da Glória, Débora Guimarães Resende, destaca que o principal é o adenovírus, que é altamente contagioso, causando maior incômodo ao portador e durabilidade de 15 dias. “Este ano estamos enfrentando um aumento nos casos devido ao clima que mudou, uma época que já não era para termos mais chuva. O inverno é o período em que mais há surtos, mas essa época que antecede o inverno, com chuva, calor e mudanças climáticas, favorecem as inflamações, como a conjuntivite, e infecções respiratórias, já que diminui as defesas do organismo”, destaca.

Débora afirma que uma das características dessas conjuntivites sazonais é a pessoa apresentar um quadro de gripe e logo em seguida surgirem os sintomas nos olhos. Os principais sinais da conjuntivite são coceira nos olhos, vermelhidão, ardência e sensação de areia, lacrimejamento, presença de secreção mais espessa embaçamento da visão e pálpebras inchadas.

Como os vírus da conjuntivite permanecem ativos por horas ou dias na água e em superfícies como mãos, tecidos, maçanetas, mesas e objetos, a oftalmologista destaca que a única forma de prevenir o problema é aplicando as medidas de higiene que foram divulgadas na época do surto de gripe suína, em 2009. “É lavar as mãos e o rosto com frequência, com água e sabão ou álcool, não passar as mãos nos olhos, evitar locais fechados com muitas pessoas e ar-condicionado ligado, restringir apertos de mãos, abraços e beijos na face, não tocar objetos pegados por portadores da doença, como caneta, copo, toalhas, talheres, etc.”, alerta Débora.

Em caso de contaminação, Débora orienta que as pessoas devem evitar frequentar locais públicos, escolas ou o trabalho, para não proliferar a doença. “Em casa, é importante separar objetos comuns como toalhas, sabonetes, copos e talheres, dormir em quartos diferentes, nunca compartilhar óculos, colírios, lentes de contato e maquiagem”, esclarece. Para diminuir o incômodo da coceira e ardência, a oftalmologista recomenda compressas geladas e procurar um especialista para que ele prescreva o colírio mais indicado.

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