ARTE

Teatro Experimental de Uberaba será palco para Temporada Corpófera

Depois de apresentações fora de Uberaba, espetáculo chega ao seu habitat natural: o Cerrado

Publicado em 20/11/2024 às 18:36
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O espetáculo Corpófera, de autoria da cofundadora da Cia de Teatro Flores Nômades, e também intéprete, Danielen Brandão, se apresenta em Uberaba neste novembro, com apresentações no Teatro Experimental de Uberaba (TEU). Este projeto foi contemplado pela Lei Paulo Gustavo no município, sendo apresentado nos dias 18, 19, e agora nos dias 24, 25 e 26 deste mês. 

Danielen afirma que esta proposta surge como um (re)encontro com o Cerrado Mineiro. “Quero compartilhar com artistas e comunidade uberabense as pesquisas que venho realizando”, pontua. Ela observa que Corpófera emergiu dos estratos intensivos, sensíveis e metamórficos do corpo-mulher da intérprete-criadora.

Ela descreve que, durante a criação farejou os ossos e percorreu um lung drom (“longo caminho” em romani) que a levou à sua ancestralidade romani (cigana) e suas intensidades, suas poéticas, suas histórias, suas forças. “Nesse caminho encontrei com os entes ósseos que povoam esse território, esse estrato de espaço/tempo/corpo/sensação. Festejou-se esse encontro em um solo de dança-teatro que cria uma composição fantástica, feroz e transbordante”, adianta.

Com referência na dança Butô e no livro de Clarisa Pinkola Estés, “Mulheres que correm com os Lobos”, Danielen propõe nesse trabalho investigar o “movimento feminino de espalhar sementes”, sem perder a voracidade, criticidade e o ímpeto revolucionário. “Uma resposta à tentativa social de domesticar e docilizar os corpos femininos”, define. 

Com direção de Roberta Portela, direção musical e trilha sonora de Priscila Reis, direção artística de Thila Paixão, Corpófera chega agora em seu habitat natural, o Cerrado Mineiro, depois de apresentações em outras cidades. 

Autora e intérprete de Corpófera, Danielen Brandão, em cena (Foto/Divulgação)

Autora e intérprete de Corpófera, Danielen Brandão, em cena (Foto/Divulgação)

Com o objetivo de tecer rede e produzir conexões, a temporada vai contar com seis sessões, sendo uma aberta ao público em geral, três exclusivas para escolas públicas, e duas para as instituições Escola Para Surdos Dulce de Oliveira e Instituto dos Cegos do Brasil Central (ICBC). As apresentações serão gratuitas, e após o espetáculo haverá um bate-papo com a plateia para que haja trocas e compartilhamento sobre o processo criativo.

Todas as sessões vão contar com tradutora e intérprete de Língua Brasileira de Sinais (Libras) e para apresentação realizada para pessoas cegas ou com baixa visão haverá audiodescrição ao vivo, oferecendo maior acessibilidade. “O teatro é um espaço democrático, e darmos acesso a todos é fundamental. Muitas pessoas com deficiência não vão a espetáculos por falta de acessibilidade. Temos que mudar esta cultura”, avalia Danielen.

Oficinas

Durante a temporada também serão oferecidas cinco oficinas em dança-teatro como contrapartida social, a fim de inserir as pessoas no processo de criação de Corpófera. Cada oficina terá duas horas de duração e contará com a presença de até 20 participantes. “Estas oficinas acontecem nos espaços escolares com data e horário a serem definidos com cada instituição”, informa. 

Autodescrição

Durante a apresentação direcionada ao ICBC haverá a audiodescrição, que é um recurso de acessibilidade que permite que pessoas cegas ou com baixa visão possam compreender uma peça de teatro. Ela traduz as imagens em palavras, permitindo que o espectador tenha acesso a detalhes como a ambientação, a posição dos atores, a iluminação, os figurinos e as fisionomias das personagens.  A audiodescrição pode ser disponibilizada de diversas formas, como: Fones de ouvido, QR Code, Audioguias, Software de leitura de tela.

Tátil

Antes mesmo da apresentação no ICBC, a autora e atriz de Corpófera Danielen Brandão, estará um dia no Instituto, quando vai levar aos espectadores que irão ao espetáculo todo o figurino e objetos que irão compor a peça, a fim de que eles possam, através do tato, “enxergar” Corpófera. “Este contato é fundamental para que a pessoa cega ou com baixa visão possa entrar totalmente na nossa proposta”, conclui.

Serviço

Onde - Teatro Experimental de Uberaba (TEU) - rua Padre Zeferino, 988 – Fabrício

Dias:
Dia 18 de novembro 
Dia 19 de novembro  
Dia 24 de novembro - 19h - aberto ao público 
Dia 25 de novembro  
Dia 26 de novembro

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