Terrenos deixam moradores assustados

Uma característica nada apreciável em alguns bairros da cidade, os terrenos infestados de mato e lixo, vêm trazendo inúmeros transtornos e diminuindo consideravelmente a qualidade de vida das pessoas que moram nas proximidades. A aposentada Maria Madalena Martins de Oliveira, moradora do bairro Jardim Canadá, é vizinha de um desses terrenos e, segundo ela, a situação já se estende há mais de seis anos. “O mato sempre fica alto e as pessoas usam como depósito de lixo”, diz. A falta de limpeza desses terrenos pode gerar ainda diversos outros problemas, decorrentes do acúmulo de entulho.

Conforme alerta do Centro de Zoonoses, fatores como sujeira e mato facilitam e contribuem para a proliferação de insetos, roedores e animais peçonhentos. “Rato, escorpião. Aparece de tudo. A vizinha, esses dias, matou duas cobras”, afirma Maria Madalena.

Outro ponto da cidade em que se pode observar problema semelhante é na avenida Fidélis Reis, em frente ao supermercado Bretas. O mato atinge mais de três metros e o lote não obedece a nenhuma das especificações do Código de Limpeza Urbana do município, que prevê ainda que o terreno tem de ser murado, calçado e o proprietário deve mantê-lo em perfeito estado de limpeza . Moradora vizinha ao local, a professora aposentada Rose Mary Elias, já enfrentou transtornos maiores, consequentes da falta de cuidado com o local. “No começo desse ano colocaram fogo no mato e o fogo atingiu minha casa, na Artur Machado. Tive muito prejuízo, mas não adiantou reclamar porque o dono não mudou nada”. Ainda de acordo com o que está previsto no Código de Limpeza Urbana é expressamente proibido queima de lixo, mato ou qualquer outro material resultante da limpeza do terreno.

Segundo Renato Formiga, diretor do Departamento de Postura, a fiscalização analisa todas as irregularidades, e toda região é certificada de acordo com as suas necessidades. Nos casos de limpeza, a tolerância é de 5 dias para realização do procedimento, já na colocação de muros, o prazo é de 30 dias. Caso as datas não sejam respeitadas, a multa que gira em torno de R$ 7.500,00, é aplicada em dobro ao proprietário do terreno.

Renato diz que as reclamações devem ser feitas ao órgão responsável e que o fiscal irá fazer uma análise no endereço citado. Ele ainda completa que em determinados casos, não cabe à Prefeitura ou aos seus departamentos tomar providências, indicando aos interessados, moverem ações judiciais para o ressarcimento de possíveis prejuízos.