Imigrantes devem buscar auxílio na Secretaria de Desenvolvimento Social (Foto/Divulgação/Prefeitura de Uberaba)
Já parou para pensar em como os imigrantes que chegam a Uberaba ‘se viram’ com o português? Como noticiado no início deste mês pelo, sendo que alguns habitam nas ruas. E essa situação levanta dúvidas sobre a condição de comunicação e assistência a essa população.
As duas instituições federais de ensino oferecem suporte pedagógico para o aprendizado da língua portuguesa. No Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM), em 2022, 46 pessoas se formaram no curso Português como Língua Adicional (PLA), sendo 24 no primeiro semestre e 22 no segundo semestre. “Em 2023, optamos por oferecer também o curso nível intermediário. Com isso, já estamos com 40 alunos selecionados em fase de matrícula, sendo 20 para nível iniciante e 20 para o nível intermediário. Visando às questões de empregabilidade, todos os participantes são certificados cerca de uma semana depois do fim do curso”, explica o instituto.
Já a Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) informa que cerca de 10 pessoas realizaram os cursos de Português para falantes de outras línguas. “Os cursos de Português para Estrangeiros são ofertados conforme as demandas da comunidade de Uberaba e região. Além disso, somos o posto aplicador do exame de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros (Celpe-Bras), que esse ano vai ser aplicado em duas edições. Novas informações sobre esse exame vão ser organizadas e divulgadas em breve”, informa.
Ainda na questão de profissionalização, também há mecanismos do Governo Municipal. Segundo o secretário adjunto de Desenvolvimento Social, Herval Kobayashi, 11 imigrantes acompanhados pela pasta estão concorrendo a vagas disponibilizadas pelo curso de PLA, oferecido pelo IFTM. Atualmente, a Seds realiza o acompanhamento de 18 imigrantes.
“Acredito que conseguimos encaminhar 11 imigrantes para o aprendizado da língua portuguesa para esse curso. E, além deste curso, estamos em parceria com a UFTM, onde vai ter um outro curso de iniciação à língua portuguesa e nós também vamos encaminhar outros imigrantes que conseguirmos localizar”, explica Herval Kobayashi.
No entanto, o secretário adjunto ressalta que a Seds não consegue garantir que os encaminhados realizem ou finalizem o curso. "Logicamente, nós vamos monitorar, acompanhar e passar um feedback para essas instituições, até para aparar possíveis arestas que deixem esse imigrante desmotivado ou que não atenda às expectativas desse público", afirma Herval, que reforça que o aprendizado da língua portuguesa ajuda na socialização.
“Nós temos uma assistente social de prontidão para fazer esse trabalho com os imigrantes e que fica também fica na Casa de Passagem. Ela está fazendo um trabalho de identificação/diagnóstico para nós fazermos um levantamento do público estrangeiro que passa por Uberaba”, completou Herval Kobayashi.