Com 2.900 pacientes aguardando atendimento do município, a ação integra convênio entre o Instituto Maria Modesto e a Prefeitura de Uberaba para ampliar a assistência em saúde mental
O Instituto Maria Modesto (IMM), em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Uberaba, planeja iniciar mutirões de atendimento em saúde mental a partir da primeira quinzena de outubro. Com 2.900 pacientes na fila de espera, a expectativa é atender cerca de 65%, enquanto os demais serão assistidos por agendamentos regulares no IMM ou na rede municipal. A informação foi repassada ao Jornal da Manhã pelo diretor administrativo da Sociedade Educacional Uberabense (SEU), Frederico Ramos.
De acordo com Ramos, os mutirões vão compensar atendimentos que ainda não foram realizados devido a atrasos na telepsiquiatria e na organização da estrutura física do IMM. “Conseguimos organizar o espaço para teleatendimento só na segunda quinzena de agosto. Com isso, atrasamos um pouco os atendimentos do convênio com a Prefeitura. Então, para poder compensar, o Instituto Maria Modesto pretende organizar alguns mutirões para diminuir a fila de espera da psiquiatria do município”, explicou.
Atualmente, Uberaba possui 2.900 pacientes na fila de espera, e cerca de 1.000 deverão ser atendidos nos mutirões, o equivalente a 65% do total. “Provavelmente, não vamos atender 100% dos pacientes que estão aguardando. Esses mutirões vão ajudar a reduzir a fila dentro do número de atendimentos previstos no convênio com a Secretaria de Saúde. O restante será atendido normalmente pelo Instituto ou pela rede municipal”, acrescentou Ramos.
O convênio, assinado em abril deste ano, já previa atendimentos semanais de 80 pacientes, totalizando cerca de 260 novos pacientes por mês, com equipe multiprofissional formada por médicos supervisores, residentes, psicólogos, assistentes sociais e terapeutas ocupacionais. A parceria busca conciliar a formação acadêmica em psiquiatria dos residentes da Universidade de Uberaba (Uniube) com a ampliação da assistência à população, reforçando a Rede de Atenção Psicossocial (Raps) no município e o acesso integral ao SUS.
Segundo Ramos, a iniciativa também prevê ajustes conforme a demanda. Como alguns atendimentos de retorno acabaram ultrapassando o número inicialmente previsto, houve um déficit contratual, que será ajustado com os mutirões. “A ideia é conseguir diminuir a fila o máximo possível, sem comprometer a qualidade do atendimento”, finalizou.