LEVANTAMENTO

Uberaba está sob risco de surto de dengue, aponta índice de infestação

O primeiro levantamento da infestação do mosquito transmissor da dengue indica 8,40% de incidência do Aedes aegypti

Gisele Barcelos
Publicado em 20/01/2023 às 21:10Atualizado em 22/01/2023 às 11:29
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Levantamento realizado este ano nos mais diversos bairros da cidade aponta que a infestação do mosquito oferece risco de surto de dengue (Foto/Reprodução)

Índice de infestação do Aedes aegypti aumenta em janeiro e Uberaba volta a registrar risco de surto de dengue, conforme os parâmetros estabelecidos pelo Ministério da Saúde. O primeiro levantamento realizado este ano apontou 8,40% de incidência do mosquito em janeiro, o que foi maior do que o resultado de 7,70% verificado no mesmo período de 2022.

De acordo com os dados divulgados pela Prefeitura, os bairros com maior proliferação do Aedes aegypti foram o Residencial Elvira (71,43%), Vila Isabel do Nascimento (41,03%), Residencial Petrópolis (40%), Parque das Gameleiras II (28,57%), Portal do Sol (27,7%), Residencial Colibri (25%), Cyrela Landscape II (25%), Ayat Club Residencial (23,08%), Morada Du Park (22,22%), Portal Beija-Flor (22,22%), Vila Craide (21,21%), Jardim Marajó II (20%), Residencial Beija-Flor I (20%), Residencial Rio de Janeiro (19,05%), Parque dos Girassóis (18,18%), Jardim das Palmeiras (17,24%), Novo Horizonte (17,14%), Vila Militar (16,67%), Jardim Marajó I (16,13%), Ilha Bela (15,52%), Recreio dos Bandeirantes (15,38%) e Vila Celeste (15,09%).

Nesses locais, o governo municipal comunicou que a maioria dos criadouros encontrados foi em vasos de planta, pratos, bebedouros de animais, fontes ornamentais e depósitos de lixo, como sacolas plásticas, garrafas vazias, casca de ovo, caixa de leite, ferro-velho, recicladoras e entulhos.

Outros 29 bairros da cidade também apresentaram índices de infestação predial entre 10% até 15% e demonstram situação de risco. Entre os locais nesta situação estão o Chica Ferreira, Centro, Jardim Espírito Santo, Parque das Américas, Mercês, Vila Olímpica, Tutunas, Santa Maria, Residencial 2000, Jardim Uberaba, Parque São Geraldo, São Cristóvão, Alfredo Freire e Leblon.

A Prefeitura não informou se no primeiro levantamento do índice de infestação foram verificados bairros com proliferação do mosquito abaixo de 10%. Também não foi divulgado se alguma área da cidade registrou índice de infestação inferior a 1%, o que representa baixo risco.

PMU diz que situação não é de alarde com poucas notificações

Apesar do alto índice de infestação do Aedes aegypti em Uberaba verificado no início deste ano, a Prefeitura posicionou que o resultado não deve causar alarde para a população porque os níveis de notificação de dengue no Município são avaliados semanalmente e continuam em baixa.

Ainda assim, o diretor de Vigilância em Saúde, Matheus Assumpção, ressaltou que as ações de combate serão focadas nos bairros que apresentaram o maior índice de infestação do mosquito e também solicitou o apoio da população.

Segundo o diretor, o momento agora é para ficar vigilante e a comunidade precisa contribuir com o trabalho desenvolvido pela equipe da Zoonoses. “A população precisa olhar dentro de casa se tem acúmulo de água que pode gerar proliferação do mosquito da dengue, como vasos de planta, pneus, garrafas, ou outros itens. Além de permitirem que o agente de endemias possa entrar na casa da população e fazer o seu trabalho”, pontuou.

Em julho do ano passado, o Levantamento de Índice Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa) foi de 0,95% e indicava que Uberaba estava em baixo risco. Porém, com o início das chuvas, a proliferação do mosquito voltou a crescer na cidade.

O resultado subiu para 2,56% na pesquisa realizada em outubro de 2022, o que apontava que a cidade estava novamente em situação de alerta. Agora o índice chega a 8,40%, considerado risco de surto pelo parâmetro do Ministério da Saúde.

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