Com calor e estiagem, locais de lazer aquático exigem prevenção; crianças e pessoas sob efeito de álcool estão entre os mais vulneráveis
Em Uberaba, somente neste ano, 13 óbitos por afogamento foram registrados, segundo dados do Corpo de Bombeiros (Foto/Divulgação)
Com o tempo quente e seco, muitas pessoas procuram cachoeiras, rios e piscinas para se refrescar e se divertir. No entanto, o que deveria ser um momento de lazer pode se transformar em tragédia, com a possibilidade de acidentes e afogamentos. Em Uberaba, somente neste ano, 13 óbitos por afogamento foram registrados, segundo dados do Corpo de Bombeiros.
Os casos de afogamento em Uberaba ocorreram nos meses de janeiro (2), março (9) e julho (2). Esse número é proporcionalmente menor do que o registrado em 2024, quando 28 pessoas perderam a vida, com afogamentos registrados em todos os meses.
Em todo o estado de Minas Gerais, 1.018 pessoas morreram vítimas de afogamento ao longo do último ano. Este ano, até o início de setembro, o número é de 661. Os meses com maior número de mortes são janeiro (146), fevereiro (92) e março (145).
Prevenção
As orientações do Corpo de Bombeiros destacam que a prevenção deve começar pela escolha de locais adequados para banho, priorizando rios e lagos que contem com guarda-vidas e sinalização. A recomendação é evitar nadar em correntezas, não mergulhar em águas de profundidade desconhecida e respeitar sempre os próprios limites físicos.
Em cachoeiras, além do cuidado com pedras escorregadias e risco de quedas, é essencial estar atento às chamadas “cabeças d’água”, fenômenos causados por chuvas que podem elevar repentinamente o nível do rio. Neste caso, é importante nunca entrar na água se estiver chovendo onde você está ou na direção da nascente do rio.
No caso das piscinas, os bombeiros reforçam a importância da supervisão constante, principalmente de crianças, já que muitos acidentes acontecem de forma silenciosa e rápida. A orientação é não confiar apenas em boias infláveis, manter barreiras físicas quando a piscina não estiver em uso e escolher locais que contem com profissionais de salvamento.
Em qualquer ambiente aquático, a recomendação é clara: evitar o consumo de bebidas alcoólicas antes de entrar na água, não se colocar em risco para tentar resgatar outra pessoa e, em situações de perigo, manter a calma e sinalizar por socorro.