A lista de nacionalidades inclui países europeus, ao contrário da imaginada presença apenas de sul-americanos (Foto/Ilustrativa/Reprodução)
Pela localização privilegiada, Uberaba é passagem para os principais destinos dentro do Brasil, e recebe visitantes do país inteiro. Mas, a nível internacional, esse panorama também favorece a chegada de imigrantes à cidade e há registro de, pelo menos, 10 nacionalidades diferentes entre as pessoas em situação de rua no Município.
De acordo com dados da Secretaria de Desenvolvimento Social (Seds), estão em Uberaba, atualmente, imigrantes da Alemanha, Argentina, Bangladesh, Colômbia, Costa do Marfim, Haiti, Peru, Tchecoslováquia, Senegal e Venezuela. Este levantamento leva em consideração as pessoas atendidas pelos sistemas de acolhimento da pasta.
A secretária Gicele Gomes, em entrevista à Rádio JM, informou que é realizado um trabalho de diagnóstico dos imigrantes e de regularização da documentação. Somente com as bases legais de identificação é possível, por exemplo, encaminhar os forasteiros para o mercado de trabalho ou unidades de ensino públicas. Para isso, é feito um contato com a Polícia Federal, responsável pela regularização de imigrantes no país todo.
Ela ainda explica que o movimento, na grande maioria das vezes, é sazonal. Ou seja, o imigrante chega a Uberaba, fica por alguns dias, ou meses, e segue o destino. A identificação desse destino também é de vital importância, já que favorece a antecipação do contato entre prefeituras e entidades, para melhor acolhimento das famílias estrangeiras.
“É a grande questão porque sem a documentação não conseguimos encaminhar a um emprego e nem para a rede. Ele precisa da documentação. Muitos chegam e ficam de passagem por aqui. Ficam alguns dias, meses, e vão embora. E a gente também procura entender qual o destino do imigrante e oferecemos a passagem, desde que o destino possa recebê-los”, declarou Gicele.
Na questão da empregabilidade, a secretária revelou que uma empresa procurou a pasta à procura da mão de obra dos imigrantes, para dar a eles uma oportunidade no mercado de trabalho. Também é realizada uma parceria com a Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) para as traduções e a comunicação com línguas diferentes.
Waraos. O grupo de indígenas venezuelanos Waraos, que estavam cobertos na região do bairro Alfredo Freire, saiu da cidade. Segundo a Seds, não há registro atual de famílias desta etnia.