SECA SEVERA

Uberaba teve 10% menos chuvas que a média histórica em 2024

Juliana Corrêa
Publicado em 09/01/2025 às 09:30
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Uberaba passou por uma seca histórica em 2024 (Foto/Divulgação)

Uberaba passou por uma seca histórica em 2024 (Foto/Divulgação)

No ano de 2024, choveu 9,53% a menos do que o esperado, de acordo com a média histórica. Esta redução se deve a um conjunto de fatores, como o aquecimento das águas dos oceanos, seca na região Norte e oscilações naturais do clima terrestre. 

Nos meses de janeiro e fevereiro, a precipitação foi menor do que a esperada para o período, tendo chovido, respectivamente, 182,8 mm e 108 mm, quando eram esperados 298 mm e 241 mm. Março bateu o recorde de chuvas no ano, registrando 407,6 mm de precipitação, ante 228 mm da média histórica. Já abril apresentou redução significativa, com 45,6 mm, quando a média histórica é de 97 mm. 

Entre os meses de maio e setembro, não caiu uma gota sobre Uberaba – exceto no mês de agosto, quando uma frente fria vinda da Antártida trouxe um pouco de umidade para o município, registrando 0,8 mm de precipitação. Esta seca extrema fez cair drasticamente a umidade do ar, sendo registrada umidade abaixo de 20% em vários dias. A média histórica para o período é de 42 mm em maio, 17 mm em junho, 11 mm em julho, 14 mm em agosto e 59 mm em setembro. 

Em meados de outubro, voltou a chover de forma significativa em Uberaba. Com 250,4 mm de precipitação, ante os 134 mm aguardados para o período, foram registrados, inclusive, alagamentos no município. Novembro também superou a média histórica, com 267 mm de chuva, sendo a média histórica de 226 mm. Finalizando o ano, dezembro ficou aquém dos 300 mm esperados, com 245,4 mm de precipitação. 

De acordo com a professora e climatologista Alcione Wagner, diversos fatores contribuíram para o período de estiagem prolongada de 2024. Ela cita o aquecimento das águas dos oceanos, que impacta a formação de chuvas, a seca na região Norte, que reduziu o transporte de umidade para a área central do Brasil, as oscilações naturais do clima terrestre, como a Oscilação Sul, as mudanças climáticas e ações antropogênicas. “É um padrão que está sendo verificado nos últimos anos, sendo 2024 o mais quente no Brasil desde 1961, com registros do INMET, superando 2023”, destaca.

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