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Uberabense que estava em Israel volta ao Brasil e relata terror: "não havia indícios de guerra"

A população foi orientada a permanecer em suas casas por questões de segurança, após a invasão do grupo extremista Hamas

Luiz Henrique Cruvinel/Marconi Lima
Publicado em 17/10/2023 às 11:03
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Rupia Inck desembarcou no Brasil após dias de terror em Israel (Foto/Reprodução/Redes Sociais)

Rupia Inck desembarcou no Brasil após dias de terror em Israel (Foto/Reprodução/Redes Sociais)

A jogadora de vôlei de Uberaba, Rupia Inck, vivenciou momentos de tensão e preocupação em Israel devido à invasão do grupo extremista Hamas. Ela assinou um contrato com o Maccabi Nazareth, uma equipe com sede em Nazaré, no norte de Israel, e chegou ao país no dia 4 de setembro, com a intenção de permanecer até o final de março. No entanto, a situação se deteriorou rapidamente.

No dia 7 de outubro, Rupia e sua equipe acordaram com a notícia de que o Hamas havia invadido o país, lançando ataques e causando vítimas civis. A população foi orientada a permanecer em suas casas por questões de segurança. Em questão de dias, com o agravamento da violência, Rupia e as demais brasileiras se viram diante o terror do conflito.

Durante sua estadia em Nazareth, Rupia e as demais brasileiras enfrentaram dois alertas de ataques e invasões. Sirenes foram ligadas para alertar os civis sobre a possibilidade de mísseis ou invasões iminentes. Além disso, eles baixaram um aplicativo em seus celulares para receber atualizações sobre os ataques. Em duas ocasiões, a sirene tocou, indicando perigo, e eles tiveram que correr para os bunkers. 

"A invasão do Hamas foi no sabado de manhã (7). Na segunda-feira (9), a gente treinou e tivemos o primeiro alarme. Tem um aplicativo também que baixamos no celular porque os ataques são recorrentes. No treino, o celular de uma das meninas apitou, corremos para um bunker no ginásio, e foi o primeiro susto. Na quarta-feira (11), a sirene tocou de novo, e corremos para os bunkers novamente, e foi aquela loucura. Foram as duas situações. Não escutamos míssil, bombas, mas tivemos amigas brasileiras jogando em outras cidades que escutaram bombas, a casa tremer. E tínhamos as noticias de outras brasileiras que estavam lá também", contou Rupia, em entrevista ao JM News 2ª Edição, da Rádio JM.

Rupia e dezenas de conterrâneos voaram de Tel Aviv para o Brasil, nos últimos dias. Para organizar a evacuação, preencheram uma ficha enviada pela embaixada, forneceram fotos de seus passaportes e receberam informações detalhadas sobre o processo. O governo brasileiro coordenou o retorno dos brasileiros presentes em Israel, garantindo sua segurança durante a operação.

"Fiquei cinco meses em Israel. Não tinha nada sobre essa invasão. Eu estava completamente deslumbrada com o país, que recebeu a gente muito bem. É um país super cuidado, seguro. Desde o início foi passado para nós a questão da segurança, e realmente era seguro. Nunca me senti acuada, ou com medo. Sempre achei que estava tudo tranquilo, não havia indício de que haveria uma guerra desse calibre", relatou.
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