O Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas (FGV Social) divulgou neste ano o “Mapa da Riqueza”, que avaliou, em 2020, a distribuição de renda no país. O estudo uniu a base de dados do Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF) à da Pnad Contínua.
A renda média da população de Uberaba, no ano base 2020, é de R$1.630. Ainda conforme o “Mapa da Riqueza”, o patrimônio líquido médio da população é de R$53.106,62, o que coloca o município na 136ª posição do país nesse ranking. Em relação à renda média, é o 120º.
O informativo revela que 19,14% da população declara imposto de renda em Uberaba. A renda média dos declarantes é de R$8.516,94. Nesse ranking, o município fica na 115ª posição no Brasil. O patrimônio líquido médio dos declarantes é de R$277.487,33 e o município fica na 152ª posição.
Conforme o “Mapa da Riqueza”, os estados com mais renda, conforme o indicado pelo IRPF por habitante, são Brasília (R$3.148), São Paulo (R$2.063) e Rio de Janeiro (R$1.754). Já entre as capitais são Florianópolis (R$4.215), Porto Alegre (R$3.775) e Vitória (R$3.736). Entre os municípios acima de 50 mil habitantes são Nova Lima, na Grande BH (R$8.897); Santana do Parnaíba, em São Paulo (R$5.791); São Caetano do Sul (R$4.698), Florianópolis, Niterói (R$4.192) e Santos (R$3.783).
A Unidade da Federação com a menor declaração de patrimônio por habitante é o Maranhão (R$6,3 mil). No outro extremo está o Distrito Federal (R$95 mil). Mas mesmo dentro da capital há muita concentração de riqueza, liderada pelo Lago Sul (R$1,4 milhão). A renda declarada no IRPF por habitante no Lago Sul é de R$23.241, três vezes maior que o Município mais rico do Brasil, que é Nova Lima, na Grande BH (R$8.897).
Este estudo mapeia fluxos de renda e estoques de ativos dos mais ricos brasileiros a partir do último IRPF disponível.
Os responsáveis pela pesquisa ressaltam que os dados do IRPF gerados pela Receita Federal do Brasil (RFB) permitem captar melhor a renda dos brasileiros mais ricos do que os dados de pesquisas domiciliares tradicionalmente usados em estudos sobre pobreza e desigualdade.