Uberabenses preparam quarta edição da Parada do Orgulho GLBT

Cerca de 90 mil pessoas são esperadas na 4ª edição da Parada do Orgulho GLBT – Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transexuais – em Uberaba este ano. A informação é do organizador do evento Maurício Moura, que conta que deste número, 15 mil pessoas devem vir de outras cidades próximas a Uberaba.

A festa deve acontecer no dia 15 de novembro, no mesmo dia do encerramento da Semana do Orgulho Gay. De acordo com Valdir Santana, nessa semana de comemorações, que vai do dia 6 ao dia 15, devem ser feitas palestras, encontros e debates a respeito do tema, com profissionais de diversas áreas. “Já estamos confirmando a presença de um advogado, que irá falar um pouco dos direitos do cidadão que se declara dentro do grupo GLBT; uma psicóloga, que irá abordar, principalmente, como os pais devem lidar com a criança que apresenta tendências homossexuais, e um líder espírita que irá debater a relação do Espiritismo com a sexualidade”, afirma.

Segundo Maurício, já foi confirmada a presença de diversas drag queens, além da madrinha da Parada Gay Uberaba, Dimmy Kieer. Ainda está sendo cogitado o nome de Monique Evans, e, para agitar o público, a banda Lex Luthor ou a cantora Preta Gil. “Este ano, pensamos na hipótese de fazer o evento próximo ao Parque das Acácias, mas como nos outros anos nunca tivemos nenhum problema com violência na festa realizada na avenida Santos Dumont, decidimos manter a festa ali mesmo”, afirma.

Otimista, o coordenador ainda conta que este ano a realização do evento deve injetar cerca de R$ 1 milhão na economia da cidade. “São setores como o hoteleiro, transporte e do ramo alimentício que são os principais beneficiados.”

Para Maurício, a população uberabense tem participado da festa a cada ano em número maior. “Um dos maiores objetivos da parada é mostrar à sociedade que os homossexuais não têm aquele estereótipo racista, pelo contrário, somos trabalhadores, educados, somos médicos, enfermeiros, administradores, empresários, políticos, cabeleireiros, ou seja, estamos em todas as partes e somos seres humanos”, enfatiza.