A Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) teve dois projetos aprovados na Chamada Fapemig 12/2022 – Linha Tríplice Hélice, que destinou R$ 50 milhões para projetos de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação propostos por Instituições de Ciência e Tecnologia de Minas Gerais (ICTMG), em parceria com empresas, startups ou cooperativas mineiras, para o desenvolvimento de produtos (bens ou serviços) e/ou processos inovadores.
O projeto “Uso do organofosfato Blackbio e de resíduos sólidos urbanos na produção de fertilizantes organominerais por compostagem acelerada e co-pirolise” foi proposto por professores dos Departamentos de Engenharia Química e Ambiental em parceria com a empresa Arko Fertilizantes. O valor total do projeto é R$ 567.159,96, sendo R$ 276.766,00 provenientes da Fapemig e R$ 290.393,96 como contrapartida da empresa. O desenvolvimento das atividades tem duração prevista de dois anos.
Integram a equipe executora as professoras Kássia Graciela dos Santos (coordenadora) e Sandra Cristina Dantas, do Departamento de Engenharia Química, os professores Bruna Lopes Coêlho e Deusmaque Carneiro Ferreira, do Departamento de Engenharia Ambiental, a pesquisadora Talita dos Santos Matos, da empresa Arko Fertilizantes, entre outros colaboradores.
O objetivo da pesquisa é desenvolver adubos organominerais empregando o produto BlackBio, da empresa Arko Fertilizantes, a partir de duas técnicas distintas: compostagem acelerada e co-pirólise. A compostagem acelerada é um processo de digestão aeróbica (com bactérias que apenas sobrevivem na presença de oxigênio), que utiliza energia elétrica e é um dos métodos mais modernos e ecológicos, para a reciclagem, tratamento e valorização da parcela orgânica biodegradável, que usa um tipo de reator, que força a matéria a ser rapidamente decomposta.
Pirólise é um processo de conversão de matéria orgânica, como lenha ou resíduos agropecuários, em produtos com potencial energético; é realizada em um sistema fechado, em alta temperatura e sem a presença de oxigênio. A co-pirólise envolve a mistura de um segundo material, como catalisador ou resíduos de outros processos, para produção de outros produtos com maior valor agregado.
A principal vantagem do produto em relação aos fertilizantes minerais é a utilização de rejeitos como matéria prima, que são passivos ambientais de outros sistemas de produção.
Também foi aprovado o projeto “Sistema de gerenciamento de energia para unidades de mini e microgeração distribuída”, proposto por equipe de professores do Departamento de Engenharia Elétrica, cujo coordenador é o professor Arnaldo José Pereira Rosentino Junior, em parceria com a empresa Urzedo Engenharia. O valor total do projeto é R$ 287.234,77.