Unidade do IFTM no Parque Tecnológico muda de tipologia e passa a ser campus

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro (IFTM) conseguiu alteração da tipologia do Campus Avançado Uberaba Parque Tecnológico. Oficializada por meio da portaria MEC 411, a unidade de ensino agora é considerada campus, e não mais campus avançado, o que representa um marco para a instituição para fins de negociação de mais melhorias e avanços junto ao governo federal.

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A unidade foi criada em 2014 e abrigou, na época, os cursos de Tecnologia da então “unidade II” do IFTM Campus Uberaba e os cursos EaD dos programas e-Tec Brasil e Universidade Aberta do Brasil (UaB). Marcelo Ponciano da Silva, reitor do IFTM e ex-diretor do referido campus, ressalta a alegria com a conquista e reforça que ainda há um caminho a ser percorrido em prol da plena consolidação do campus. 

“Desde a criação da unidade, trabalhamos para atender às demandas de cursos de tecnologia na cidade, ampliando o número de vagas ofertadas e atuando sempre acima dos limites da tipificação projetada. Essa nova tipologia é um passo que nos permitirá receber recursos financeiros para a construção de uma sede única para o campus, bem como nos possibilitará formalizar a solicitação para uma tipologia ainda maior, já vislumbrando ampliação futura no quadro de servidores, com novos cursos e ainda mais ampliação de vagas”.

Com o enquadramento, a unidade de ensino passa a ter mais autonomia administrativa e financeira para gerir e executar os seus processos, como contratação de serviços, definição de recursos e sua aplicabilidade, entre outros.

Além disso, o “novo” campus tem direito a mais vagas para docentes e técnicos administrativos em Educação (TAEs), passando do número de 20 docentes para 40 e de 13 técnicos administrativos para 26. Entretanto, quanto a essa realidade, o diretor da unidade, José Ricardo Gonçalves Manzan, esclarece que, para dar conta da demanda existente hoje no campus, mesmo o novo número de servidores ainda é abaixo do necessário.

“Já possuímos 56 docentes na unidade, ou seja, excedemos o número de 40, e 26 técnicos. Todavia, mesmo com a alteração da tipologia, passando para essa proporção de 40/26, vivenciamos uma realidade diferente na unidade em virtude do expressivo número de estudantes que possuímos”.

José Ricardo relata também que, em relação a cargos de direção e coordenação, nada muda, o que acaba por ser insuficiente para possibilitar gestão e operacionalização mais adequadas e eficientes do campus diante das inúmeras atividades que precisam ser realizadas para atender a quantidade de discentes.

“Por essa razão, nada muda na estrutura organizacional da unidade e, por enquanto, nem mesmo no apoio prestado pela reitoria ao campus. Mas há um esforço por parte do reitor do IFTM, junto a outros reitores, no sentido de pleitear um aumento no número de cargos de gestão para a nossa unidade.”

Segundo o diretor, ainda não existem prazos para a realização de tais mudanças. Apenas planejamento e trabalho para a viabilização das obras de construção de salas de aula e laboratórios, conforme projeto de engenharia e arquitetura já desenvolvido, visto que o campus tem previsão de receber uma verba de 15 milhões para investimento em obras.

“A transformação do campus ainda passará por vários processos, mas é, sem nenhuma dúvida, um passo extremamente importante para o IFTM. Poderíamos dizer que se trata de um marco na história da unidade e que o Instituto colherá os frutos dessa reclassificação no médio e longo prazos”, destaca Manzan.