Unificação das máquinas de cartões de crédito já gerou redução de custos para os lojistas de Uberaba. No entanto, ainda não beneficiou o consumidor local
Unificação das máquinas de cartões de crédito já gerou redução de custos para os lojistas de Uberaba. No entanto, ainda não beneficiou o consumidor local, pois os comerciantes não repassaram aos preços de venda das mercadorias a economia gerada pela diminuição nos custos do aluguel de um dos equipamentos.
A maioria dos lojistas utilizava duas maquinetas e, agora, com a unificação, só precisam de uma. Portanto, a locação da outra deixou de existir.
Seis meses depois do fim da exclusividade das bandeiras de cartões de crédito, que unificou os terminais de operação, os comerciantes uberabenses e do restante do estado e do país já sentem no caixa a redução de custos. Desde julho, quando este novo sistema entrou em vigor, o comércio já economizou em Minas Gerais R$ 60 milhões e, no país, cerca de R$ 600 milhões.
Porém, o consumidor uberabense continua vendo os mesmos preços no comércio local. O problema ocorre, segundo os comerciantes, porque as taxas cobradas pelas operadoras, de 3,5% em média, continuam muito altas e impedem a diminuição das cifras. Para o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Uberaba), Fúlvio Ferreira, as taxas são extorsivas. “Temos uma das maiores do mundo cobradas por administradoras de cartões”, afirma.
Fúlvio informa também que os lojistas precisam ter atenção a algumas bandeiras de cartões porque nem todas fizeram a migração para outra máquina como deveriam. “Há cartões que não são aceitos na maquineta e podem deixar o consumidor em situações constrangedoras, sem condições de pagar pelo serviço contratado, como em uma loja, um hotel ou restaurante”, finaliza.