Há seis meses entrou em vigor a possibilidade de passar o cartão de crédito de uma bandeira na máquina de outra operadora. Com a nova modalidade, os lojistas já conseguem reduzir seu custo com essas empresas, o que acaba refletindo no bolso do consumidor.
Segundo o vice-presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), Miguel Haroldo de Faria, com a unificação das máquinas houve queda no custo do aluguel dos aparelhos, na taxa administrativa cobrada pelas operadoras e nos prazos de pagamento, visto que já existe concorrência nesse setor.
A economia gerada para os lojistas fica em torno de 30%. Para Faria, que é empresário no segmento de autopeças, essa porcentagem pode ser maior já que sua empresa faz parte de uma rede nacional, o que possibilita a negociação de taxas em nível de Brasil. “Em alguns casos, houve até a isenção nas taxas cobradas para a manutenção”, completa.
Para o consumidor, a economia no estabelecimento pode não ser sentida tão diretamente, já que não reflete em descontos no preço do produto, mas pode provocar um parcelamento maior nas compras realizadas com cartão de crédito, mesmo no valor à vista.
Os avanços tecnológicos dessas máquinas além de gerar economia, também trazem praticidade tanto para o empresário quanto para o consumidor. “Hoje, com os aparelhos sem fio, as vendas por telefone ficaram facilitadas. O próprio funcionário vai até a casa do consumidor para fazer a entrega e já recebe o pagamento com cartão de crédito. Isso alavancou as vendas em farmácias, pizzarias, lojas de autopeças, entre outros estabelecimentos”, acrescenta.