Uniube quer agregar cuidados de longa permanência ao Instituto Maria Modesto
A ampliação física do Instituto Maria Modesto deve aliviar a situação de leitos em outros hospitais de Uberaba. Segundo Frederico Ramos, gerente gestor das unidades sob a administração da SEU (Sociedade Educacional Uberabense/Uniube), a entidade quer expandir o atendimento para pacientes de longa permanência e de recuperação.
À Rádio JM, Ramos explicou que os planos para a instituição ainda estão em fase de estudo. No entanto, é certo que o modelo de atendimento deve ser reformulado e não será somente um hospital psiquiátrico.
“A questão é a política de finalizar com os nosocômios psiquiátricos. Então, precisamos nos ajustar ao novo modelo, porque as pessoas ainda necessitam de um ambiente hospitalar para adequar o tratamento e depois retornar ao atendimento no CAPS ou numa clínica privada. Dito isso, precisamos reformular o modelo, não dá mais para ser somente um hospital psiquiátrico”, analisa.
Dessa forma, o Instituto deve agregar outros serviços que são gargalos na saúde pública da cidade. O hospital deixará o perfil exclusivamente psiquiátrico e passará a contemplar o atendimento de saúde mental em geral. Além disso, o Maria Modesto pode incluir o atendimento a pacientes de longa permanência.
“Não é só para pacientes que já estão em longa permanência. É também para pacientes que estão em cuidados paliativos, não se restringindo apenas aos acamados mais idosos. É para, inclusive, liberar leitos em hospitais, como, por exemplo, pacientes de neurocirurgia no Hospital Escola. Às vezes, esses pacientes precisam de semanas ou meses de reabilitação, mas poderiam ser reabilitados em outro local. Assim, novos leitos ficam disponíveis no hospital de referência, que precisa girar leitos e muitas vezes mantém ocupados aqueles que poderiam ser liberados”, explica Ramos.
No entanto, o gestor ressalta que tudo ainda está em estudo e deve ser repassado para os órgãos públicos em nível municipal e estadual.