Unidade de Pronto Atendimento em Uberaba (Foto/Jairo Chagas)
Uberaba entrou no clima de outono e a queda na temperatura reflete na busca pelo sistema público de saúde, com o aumento dos casos de gripe. Segundo a Funepu, gestora das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da cidade, somente nos sete primeiros dias de maio, os dois hospitais registraram 977 atendimentos por síndrome respiratória, 50% a mais do que no mesmo período do mês passado.
Ainda de acordo com a Fundação, ao todo, o mês de abril contou com 2.820 atendimentos de síndrome gripal, sendo 2.100 casos na UPA São Benedito e 720 na UPA provisória. Já em maio, apenas na primeira semana, as unidades contaram com 590 e 239 atendimentos, respectivamente. Nesta tendência, o mês de maio pode terminar com mais de 3.300 registros.
Com o crescimento dos casos, a venda de antigripais, antialérgicos e antibióticos teve um aumento de 30%, segundo o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Uberaba, Fernando Xavier. O líder classista explica que este é um movimento sazonal, já aguardado pelas farmácias. “As farmácias e as indústrias já se preparam porque sabem da demanda. Até o momento, não temos falta de medicamento, as farmácias estão bem abastecidas para que possamos atender todos os nossos uberabenses no período de outono”, afirma.
Ainda, segundo a otorrinolaringolostia Sabrina Sarreta, o aumento na transmissão do vírus nesta época do ano se dá ao fato de que as pessoas tendem a ficar mais tempo em ambientes fechados durante o outono, o que pode aumentar a exposição a ácaros presentes na poeira e a transmissão do vírus. "Isso pode provocar alergias em indivíduos sensíveis, agravando os sintomas de doenças respiratórias", explica.
É válido lembrar que crianças e idosos são os mais vulneráveis durante essa época do ano, pois têm um organismo mais frágil. Para evitar a infecção, é importante adotar medidas preventivas para evitar a proliferação de doenças respiratórias, como lavar as mãos frequentemente, manter a casa limpa e arejada, e evitar contato com pessoas doentes, conforme explica a especialista.