Imagem Ilustrativa (Foto/Divulgação)
Já está em vigor o primeiro período do vazio sanitário da soja em Minas Gerais, época em que é vedado cultivar, implantar ou permitir a presença de plantas vivas de soja em qualquer estágio de crescimento.
O município de Uberaba é um dos maiores produtores de soja no Estado, junto com Unaí, Buritis, Paracatu e Uberlândia. O vazio sanitário é uma medida adotada para prevenir e controlar a propagação de doenças e pragas nas lavouras nacionais. A medida passou a valer desde o último dia 1° e se estende até o dia 30 de setembro.
O fungo Phakopsora pachyrhizi, que é o causador da ferrugem asiática, uma doença que pode ocasionar até 75% de perda da safra, devido à alta capacidade de reprodução e disseminação do fungo.
De acordo com a Portaria 781/2023 do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a proibição vai de 1º de julho a 30 de setembro. Os períodos de vazio sanitário são estabelecidos anualmente pelo Mapa e devem ser seguidos pelos estados produtores de todo o país.
Além do cumprimento do período do vazio sanitário estabelecido, o Mapa alerta que, com o expressivo aumento das ocorrências da doença na safra 2022/2023, faz-se necessário um esforço conjunto por parte tanto dos produtores quanto dos Órgãos Estaduais de Defesa Sanitária Vegetal de cada unidade da federação quanto à revisão das finalidades e da quantidade de autorizações relativas aos cultivos em caráter excepcional, previstos nos Artigos 9º e 10 da Portaria 306/2021.
De forma complementar, como parte das estratégias de manejo da ferrugem asiática da soja, visando minimizar eventuais prejuízos aos sojicultores e aos demais atores envolvidos na cadeia produtiva da soja, a Secretaria de Defesa Agropecuária está avaliando também a redução dos períodos relativos aos calendários de semeadura a serem estabelecidos para a próxima safra.
A ferrugem asiática é considerada uma das doenças mais severas que incidem na cultura da soja, podendo ocorrer em qualquer estádio fenológico. Nas diversas regiões geográficas onde a praga foi relatada em níveis epidêmicos, os danos variam de 10% a 90% da produção.