Início de ano é época de os pais gastarem muito com despesas escolares dos filhos. Além da compra de material escolar, pagamento de matrículas e mensalidades, o período é de renovação de uniformes.
Nos dois primeiros meses do ano é comum o aumento da pocura por camisetas e shorts utilizados nas escolas. De acordo com a empresária Gisliane Horvatich, proprietária de malharia, em fevereiro as vendas de uniforme cresceram substancialmente. Somente nas duas primeiras semanas do mês, esse volume aumentou em 80%, se comparado com janeiro.
No entanto, o início do ano também foi marcado pela alta de preço da matéria-prima. Com a falta do algodão no mercado, os tecidos tiveram seus valores reajustados e quem adquiriu o produto a partir daí pagou, em média, 15% a mais para o fornecedor. Nesse caso, a proprietária repassou o reajuste em 10% para o consumidor.
Por outro lado, os estabelecimentos que tinham as malhas em estoque ou que conseguiram preços melhores ao negociar com o fornecedor não repassaram o aumento. Ruth Madalena, outra proprietária de malharia, afirmou que, apesar de a malha estar com novo valor, ela ainda tinha o tecido em estoque para confeccionar os uniformes neste início de ano. Sendo assim, os pais podem pagar os mesmos preços do ano passado.
Já a empresária Marta Carvalho conseguiu manter os valores praticados anteriormente, devido à negociação com o fornecedor. Como sempre faz os pagamentos à vista, consegue descontos melhores, mesmo com o aumento de preço da malha. Apesar de a demanda ser grande nesta época do ano, registrando aumento de 30% nas vendas, Marta não se aproveitou disso para reajustar os preços.