SERVIÇO

Viaturas do Samu paradas no Horto não têm condições e serão leiloadas como sucata

O processo de desfazimento é acompanhado pelo Ministério da Saúde, que exige uma série de comprovações de que as manutenções não são mais viáveis

Luiz Henrique Cruvinel
Publicado em 27/10/2023 às 10:28
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Viaturas do Samu paradas no Horto (Foto/Reprodução)

Viaturas do Samu paradas no Horto (Foto/Reprodução)

Fotos e vídeos que circulam nas redes sociais mostram ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) paradas no Horto Municipal de Uberaba, sem uso, o que levantou questionamentos sobre a condição de atendimento emergencial à saúde na cidade. Em entrevista à Rádio JM, a coordenadora do Samu, Juliana Carvalho, esclareceu que os veículos são antigos, não têm mais condições para prestar o serviço, e serão leiloados como sucata.

Juliana Carvalho explica que, atualmente, são cinco viaturas e uma motolância parados no Horto, todos com um histórico de uso considerável. Ela ressaltou que esses veículos não são seminovos, como indicado anteriormente, mas sim usados e desgastados.

Dos seis veículos mencionados, cinco já têm a documentação e autorização do Ministério da Saúde para serem descartados. Eles não estão mais em condições de serem utilizados e estão em processo de baixa junto ao Detran, e depois serão leiloados como sucatas.

"Existe todo um processo. Temos que fazer a comprovação de vários requisitos junto ao Ministério da Saúde para comprovar o estado das ambulâncias. Temos que juntar fotos, quilometragem rodada, orçamentos de manutenções, tudo que mostre a inviabilidade de manutenção. Porque às vezes a manutenção vai ser superior ao valor total da ambulância, o que não torna o conserto viável", alega Juliana.

A coordenadora enfatizou que o Ministério da Saúde, nas renovações de frota autorizadas, estabelece critérios específicos. Os veículos do Samu têm um tempo de vida útil de aproximadamente três anos, mas a renovação da frota começa a partir do 5º ano de utilização, quando os veículos atendem aos critérios de substituição. Mas as viaturas antigas não são recolhidas pelo Ministério da Saúde, pois são mantidas como reserva técnica.

"Essa reserva técnica existe justamente para possibilitar manutenções nos veículos ativos. Eu tenho que ter um para substituir brevemente o que está na oficina. E, ao passar dos anos, quando as viaturas não se mostram viáveis, solicitamos o desfazimento", explicou.

Ainda, a coordenadora revela que as ambulâncias do Samu de Uberaba percorrem uma média de 1.500 a 2.000 quilômetros por mês, o que resulta em desgaste considerável. Para manter a eficiência dos veículos, são realizadas manutenções preventivas e corretivas, como a substituição das pastilhas de freio mensalmente devido ao alto desgaste.

"Todo esse processo é acompanhado pelo Ministério da Saúde. Os veículos têm que ter condições para atuarem no serviço, não podem estar suscetíveis a riscos", finaliza Juliana Carvalho.

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