O aeroporto Mário de Almeida Franco, em Uberaba, registrou no mês de agosto um crescimento de 46,1% no transporte de cargas, no comparativo com agosto do ano passado. Os números foram apresentados pelo gerente do Aeroporto de Uberaba, Guilherme Zapola, durante entrevista ao programa Pingo do J, na Rádio JM.
Ainda segundo Zapola, desde que a Aena, que é a concessionária do aeroporto, assumiu as operações em Uberaba, o crescimento do transporte de cargas foi de 56,1% maior. A Aena está à frente da gestão do aeroporto Mário Franco desde novembro do ano passado. A empresa venceu a licitação da sétima rodada de concessões para gerir 11 aeroportos nos Estados de Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Pará. O aeroporto de Uberaba é o sexto dessa rodada a passar para o controle da Aena.
“Uberaba tendo esse desempenho de carga muito positivo, como a gente vê, ajuda a viabilizar a vinda de passageiros. Hoje, avaliamos muito a questão dos destinos, para ofertar opções aos passageiros, que querem viajar, fazer conexões, mas o impacto da carga no voo de passageiros é muito importante. Essa carga pode ajudar e muito a sustentar as rotas já existentes ou até na criação de novas rotas”, ressaltou Zapola.
Ainda conforme o gerente do aeroporto local, o maior volume de cargas transportado em Uberaba vem dos produtos com valor agregado, adquiridos do marketplace. “Esses itens, de alto valor agregado, têm o transporte feito por aeronaves”, frisou.
Ele avaliou que a instalação de um centro de distribuição por uma empresa de marketplace na região pode ajudar no crescimento do transporte de cargas para o aeroporto de Uberaba.
“Os centros de distribuição são fatores de geração de demanda muito significativos para o transporte aéreo. Então, a chegada de um centro de distribuição ao Triângulo Mineiro certamente trará impacto no aumento do volume de passageiros para Uberaba, de forma indireta. As aeronaves terão que trazer carga e, consequentemente, vão abrir essas rotas para passageiros. Tem uma dinâmica muito interessante para operar carga e passageiros”, disse Zapola.
Ele destacou que as empresas trabalham para essa ação conjunta entre transporte de cargas e passageiros, de forma simultânea. “É muito difícil, em qualquer parte do mundo, termos aeroportos somente de cargas ou aviões cargueiros. Acontece em algumas situações, como um voo de São Paulo a Cingapura, mas isso somente por conta de um acúmulo de cargas significativo para viabilizar esse voo. Mas é muito raro”, avaliou.
O gerente do aeroporto ainda informou que hoje o aeroporto está preparado para o transporte de material biológico, graças ao zebu, que é um dos carros-chefes da economia local. É possível o transporte de animais vivos e material genético.