ALTERNATIVA

Agonia de Anderson continua

Lídia Prata
Lídia Prata
lidiaprata@jmonline.com.br
Publicado em 30/09/2024 às 21:48Atualizado em 01/10/2024 às 22:00
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Mais três dias de agonia para Anderson Adauto. Tribunal Regional Eleitoral não concluiu o julgamento do recurso impetrado pelo candidato, com a sentença que indeferiu o seu pedido de registro. O apelo voltará à pauta na quinta-feira (3). De qualquer forma, o nome de Anderson estará nas urnas.

PRA VALER
Nessa segunda-feira, Anderson passou pela Sabatina JM. Ao ser questionado se entrou na disputa apenas para tumultuar, como alegam seus adversários, ele foi categórico: sairia muito caro entrar nesse processo se o objetivo não fosse disputar a eleição pra valer. “Estou no páreo” – garantiu, destacando que está lutando para ter sua candidatura reconhecida e seus votos computados. “Mesmo que eu perca na 2ª instância, vou recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral”, adiantou o candidato, que está convencido da sua tese que seus advogados defendem no recurso.

MOTIVAÇÃO
A principal motivação de Anderson para voltar a disputar eleição para prefeito é o projeto do gás. Ele deixou isso muito claro durante a Sabatina JM, argumentando que está há dois anos envolvido nesse projeto e entende que o papel institucional do próximo prefeito será fundamental para viabilizá-lo. No entanto, ele garantiu que continuará trabalhando para trazer o gás e concretizar o polo gás-químico no município, mesmo se não se eleger.

DESENVOLVIMENTO
Além dos investimentos já anunciados que virão para Uberaba, Anderson não tem dúvida de que o gás será um divisor de águas no desenvolvimento econômico do município e região. O gás permite vários tipos de mistura, o que possibilita fomentar a indústria de plástico verde, QAV de aviação, cimento, gás hospitalar e industrial, dentre outros. Sem contar as indústrias de componentes, chamadas satélites, que serão atraídas para cá.

TURISMO
Por falar em desenvolvimento, Anderson defende a criação de incentivos para atrair grupos hoteleiros para construírem resorts e hotéis na cidade, sobretudo na região de Peirópolis, onde ele defende a implantação de hotéis-fazendas.

ÂNCORAS
Já em relação ao centro da cidade, Anderson acredita que a revitalização passará inevitavelmente pela instalação de lojas âncoras, para atrair movimento e moradores. Um grande supermercado, por exemplo, seria um bom começo. Por outro lado, Anderson pretende incentivar as construções sociais na região central da cidade e segurar os loteamentos na periferia. Aliás, ele tem planos para a Cohagra coordenar esse projeto e até uma possível compra de área para implantação de núcleos habitacionais populares.

OUTRA FINALIDADE
Com relação ao antigo prédio do Jockey, adquirido pela Prefeitura para quitar dívida com o Ipserv, Anderson discorda da destinação que o governo atual pretende dar ao imóvel. Para ele, o prédio é ideal para abrigar uma escola de tempo integral e até uma filial da Prefeitura, para prestar serviço à população. Anderson acha que a Risp é o local adequado para sediar a central de videomonitoramento.

CADA UM NA SUA
“Não vou gastar dinheiro com isso não”. Essa foi a resposta de Anderson Adauto à pergunta sobre eventual intenção de instalar câmeras nos uniformes dos guardas municipais no seu eventual governo. No entanto, ele analisa que a Guarda Civil Municipal está “militarizada”, atuando para complementar a PM, cujo contingente está defasado em mais de 40%, segundo ele. “Por que a prefeita não cobra do governador, que é amigo dela, mais policiais para Uberaba?” – disparou o candidato, ressaltando ainda: “Estou disposto a colocar dinheiro e investir em investigação. As polícias precisam ir atrás do receptador, em vez de ficar prendendo ladrãozinho hoje para ser solto amanhã e voltar às ruas”. E arrematou: “Já existem câmeras embutidas em lâmpadas de LED da iluminação pública que podem perfeitamente ser adotadas em Uberaba para ajudar na segurança pública. É tecnologia. A Prefeitura precisa investir nisso”.

CHEGA!
Anderson também entende que já passou da hora de tirar as grades do canteiro central da avenida Leopoldino de Oliveira. Quando o BRT foi implantado, esse gradil se justificativa, porque havia previsão de tráfego de ônibus de 5 em 5 minutos na faixa exclusiva. Hoje os ônibus do BRT passam de 10 em 10 minutos, e a faixa exclusiva fica a maior parte do tempo ociosa. “Precisamos quebrar a cabeça para achar uma solução”, defendeu.

RADAR SIM
“Não sou de tirar uma de bonzinho em período eleitoral só para ganhar eleição. Lombada não resolve o problema do trânsito. Não sou contra radar. Sou contra radar sem sinalização. O cidadão precisa ser informado” – destacou o candidato do PV.

SEM CONSERTO
Para Anderson, a fila eletrônica do jeito que está “não tem conserto”. Ele avalia que o governo municipal perdeu a grande oportunidade de zerar a fila na pandemia. Ele defende começar tudo de novo, a partir de uma grande campanha publicitária para explicar e conclamar os pacientes a se cadastrarem. “Não adianta criar aplicativo. O programa da fila é bom. Precisa saber operar e interpretar os números, porque esse é um excelente instrumento de gestão”, destacou. Além disso, o candidato ressaltou a importância da transparência, para que o paciente possa acompanhar seu lugar na fila a partir de um número de cadastro.

DOSE DUPLA
Na Sabatina JM, a educação foi um dos pontos de discussão. Anderson disse, com todas as letras, que se pudesse ser prefeito e ao mesmo tempo secretário de Educação ele o faria. Dentre outros pontos, ele se comprometeu a construir duas escolas de tempo integral, em bairros onde as mães trabalham fora e não têm com quem deixar os filhos. Além disso, disse que as creches (Cemeis) terão de funcionar até as 18h, para dar tempo às mães de buscarem seus filhos. E prometeu resgatar o maternal e criar o ensino à distância para recuperar os alunos com deficiência de conhecimento. Nesse particular, ele anunciou o professor Danival Roberto Alves como coordenador desse projeto, como voluntário. Será uma espécie de reforço escolar.

SOB CONTROLE
Outra mudança proposta por Anderson envolve a retomada da gestão do Hospital Regional e das UPAs pela Prefeitura. Corpo clínico pode até ser terceirizado, mas a gestão precisa ser de confiança do prefeito. “O segredo é colocar o gerente certo no lugar certo” – completou.

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