ALTERNATIVA

Estado investe R$27 mi em usina de lixo e parque tecnológico de Uberlândia

Lídia Prata
Lídia Prata
Publicado em 20/01/2023 às 21:51Atualizado em 20/01/2023 às 22:13
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Embora Uberaba tenha sido pioneira na criação do Parque Tecnológico e do seu centro de inovação, infelizmente está assistindo Uberlândia avançar na seara da tecnologia com maior rapidez e sucesso. Nesta semana, o secretário de Estado de Ciência e Tecnologia - que é uberlandense - anunciou investimentos da ordem de R$ 27 milhões na cidade vizinha. Para se ter uma ideia, a Universidade Federal de Uberlândia deu início às atividades para criar o Parque Tecnológico do Campus Glória. Nele será construída também a Usina Termoquímica Experimental, em escala semi industrial, pelos pesquisadores da UFU. As duas iniciativas resultam de parceria com o Governo de Minas Gerais. O objetivo é desenvolver uma nova matriz econômica e tecnológica, para a criação de novas empresas, gerando emprego e renda para a população de Uberlândia e região. Só no Parque Tecnológico serão investidos R$ 12 milhões!

E o nosso, aqui em Uberaba, até hoje não abriu as portas…

PROJETO AVANÇADO
A construção da Usina Termoquímica terá parceria da iniciativa privada e de órgãos públicos, que farão aporte de recursos de R$ 3 milhões. A ideia é  fazer a recuperação energética dos resíduos sólidos, produzindo gás para energia limpa e renovável, livre de gases tóxicos e poluentes, plenamente sustentável.  

A expectativa do Governo de Minas é que essa usina seja um piloto para futura instalação em municípios mineiros de pequeno e de médio porte, como alternativa para o problema do lixo urbano.

Pois é. Que falta faz a Uberaba ter um filho seu com assento no governo mineiro e no governo federal. É uma pena que nem deputado tenhamos mais…

BOLA CHEIA
O ex-ministro Anderson Adauto desembarcou ontem em Uberaba. Mas, durante a semana ele se movimentou em Brasília como um dos principais articuladores de reunião no Ministério de Minas e Energia para colocar frente a frente o ministro Alexandre Silveira e representantes de entidades ligadas ao gás natural. Do encontro resultou a criação de um grupo de trabalho para tratar de políticas públicas do gás natural, com ênfase para o desenvolvimento das indústrias químicas e de fertilizantes no Brasil. Anderson atuará  como consultor profissional desse grupo, chamado de “Coalizão pela Competitividade do Gás Natural” e pretende encontrar mecanismos para que o Brasil fique menos dependente de importações desses produtos químicos e fertilizantes nitrogenados. Esse grupo só tem pesos pesados do setor, como Abiquim (associação que congrega as indústrias químicas), Abemi (engenharia industrial), Abdib (distribuidoras de gás canalizado), CNT (dos transportes) e transportadoras de gás, como TGBC, nossa velha conhecida e com a qual sonhamos para fazer o gás chegar aqui.

INTERIORIZAÇÃO
Anderson não tem dúvida de que a interiorização do gás será o caminho para o desenvolvimento. Esse assunto inclusive já foi tratado por ele com o Presidente Lula. Isso significa que ressuscitar  o projeto da planta de amônia em Uberaba passa a ser viável, se fato o gás chegar à região. Anderson entende que é uma questão de tempo. Ele espera, aliás, que seja de pouco tempo.

OFERTA DE GÁS
Na reunião no Ministério de Minas e Energia, a disponibilidade de oferta do gás natural, implantação da infraestrutura de escoamento para a costa, implantação de novas unidades de processamento do gás, aumento da malha dos gasodutos de transporte e de distribuição para as indústrias químicas e até a implantação de infraestrutura para distribuição de gás natural veicular (GNV) estiveram na pauta das discussões. 

Ministro Alexandre Silveira recebeu representantes dos segmentos ligados à cadeia do gás, num encontro articulado por Anderson Adauto, esta semana, em Brasília (Foto/Divulgação)

Ministro Alexandre Silveira recebeu representantes dos segmentos ligados à cadeia do gás, num encontro articulado por Anderson Adauto, esta semana, em Brasília (Foto/Divulgação)

IRREVERSÍVEL
“A ZPE não tem mais volta”. Declaração é do presidente da ACIU, Anderson Cadima. A ACIU é uma das sócias do projeto da Zona de Processamento de Exportações, ao lado da PMU, da Família Caetano Borges e Porto Seco. Cadima está convencido que no próximo ano as primeiras empresas já estarão funcionando naquele condomínio empresarial. Vale destacar que a nossa ZPE conta com 60 lotes de 5 mil metros quadrados cada. Ou melhor, 57 lotes agora, já que a FertMinas reservou os 3 primeiros lotes.

PRÓXIMO PASSO
Após esta etapa de arruamento de obras de infraestrutura, a ZPE deverá ganhar iluminação e pavimentação asfáltica. Esta etapa certamente será uma das próximas a entrar em fase de licitação.

Interessante é que há várias empresas interessadas em se instalar lá, tanto de Uberaba (de segmentos diversos, diga-se de passagem), quanto de outras regiões. Ao contrário da ZPE do Ceará, a nossa não terá uma empresa âncora, mas uma pluralidade de segmentos econômicos.

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