ESPORTE

A verdade sobre a parceria do Nacional

Janaína Sudário
janaina@janainasudario.com.br
Publicado em 15/05/2010 às 09:59Atualizado em 20/12/2022 às 06:29
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A reportagem do Grupo JM de Comunicação procurou ontem esclarecimentos sobre a parceria, anunciada há cerca de um mês, entre um grupo de empresários paulistas e o Nacional Futebol Clube.    Em entrevista à Rádio JM, na quinta-feira, 13, o diretor de Marketing, Tulio Micheli, afirmou que os interesses do grupo ficavam restritos ao departamento de Futebol.   Porém, um dos principais envolvidos nas negociações, Luiz Antonio dos Santos, o Casão, declarou que outros interesses motivaram a parceria.   O administrador Marcelo Negrão e o presidente do time alvinegro, José Humberto de Moraes, também falaram com exclusividade sobre as negociações.   De acordo com Moraes, nenhuma proposta visando a mudança de local do Centro de Treinamentos do clube foi formulada a ele ou a qualquer outro dirigente.   O administrador de empresas e advogado, Marcelo Negrão, confirmou o interesse pela área, mas não descartou o interesse de reabilitar o time de futebol. Segundo ele, para que o processo possa ser concluído é necessário que o Naça consiga resultados, para a empresa não entrar em atrito direto com a população de Uberaba e torcedores do time.   Entrevista com Luiz Antônio dos Santos (Caisão) técnico e empresário de futebol                                   Jornal da Manhã – Iniciada há quase um mês, a negociação com a diretoria do Nacional ainda não foi concretizada. O que está faltando para que a parceria possa ser anunciada oficialmente?    Luiz Antônio dos Santos – Sou técnico e empresário de alguns jogadores. Se eu for para o Nacional, levarei 11 atletas e os integrantes da comissão técnica. Serei o responsável pelo pagamento dos salários e pelas despesas com alimentação e hospedagem destes profissionais. No entanto, o time uberabense necessita de mais investidores. Afinal, teremos que buscar outros reforços para a disputa do Campeonato Mineiro da Segunda Divisão (Terceirona). Não posso mentir: sozinho eu não consigo manter o clube no Estadual. Tudo aquilo que eu acertar com os dirigentes, farei questão de cumprir. Sei o quanto o Nacional é importante. E, por isso, conto com o apoio da imprensa e dos torcedores.   JM – Caso a negociação seja concretizada, qual o perfil dos jogadores que poderão vestir a camisa do Nacional na Terceirona?   LAS - Será uma equipe mesclada, com Juniores e profissionais. Posso garantir que 80% deles serão atletas que já defenderam as cores de times profissionais. Terei o apoio do empresário Gilmar Pessoa, que atua no futebol goiano. Ele irá ceder alguns jogadores ao Nacional. Já acertei todos os detalhes com ele. Além disso, o Gilmar é muito amigo dos dirigentes do Cruzeiro. Ele tentará o empréstimo de atletas da equipe celeste.   JM – Quais profissionais irão trabalhar na comissão técnica? Você será o técnico do Nacional na Terceirona?   LAS – O Uidemar Pessoa, irmão do Gilmar, estará na comissão técnica. Ele é um ex-jogador, com passagens pelo Flamengo e Goiás. Eu tenho experiência como treinador. Já trabalhei no Comercial e no Capivariano, equipes do interior paulista. Fui avaliador de atletas para grandes clubes do futebol brasileiro, como São Paulo e Corinthians. Fiz este mesmo trabalho para o XV de Piracicaba. Atualmente, trabalho com meu irmão numa empresa da área da construção civil. Agora, pretendo voltar a ser técnico. Recentemente, participei de um curso com o Carlos Alberto Parreira, treinador da África do Sul. Se der certo com o Nacional, pretendo assumir o cargo de técnico da equipe no Estadual. Caso não dê certo, o Uidemar poderá ser efetivado no cargo.   JM – O Gilberto Saldanha, ex-jogador, que também participa desta negociação, poderá ter um cargo na comissão técnica?   LAS – O Saldanha que veio até Piracicaba e nos apresentou o projeto. Ele também foi o responsável pelo primeiro contato com os dirigentes do Nacional. Por isso, ele deve trabalhar com a gente, observando atletas. No próximo encontro, deveremos falar sobre esse assunto.   JM – A parceria pode ser anunciada oficialmente na próxima semana?   LAS – Espero que sim. Conversei com um possível investidor e estou aguardando a resposta dele. A bomba precisa estourar. O empresário quer ajudar o Nacional e pretende construir um Centro de Treinamento. A ideia surgiu após ele conhecer o estádio JK e toda aquela área. Ele ficou encantado e pretende conversar com o prefeito de Uberaba. Caso a prefeitura ceda um terreno, ele pode construir um CT de fazer inveja a qualquer clube do país, com quatro campos, piscina e sede administrativa. O Nacional receberia ainda R$ 100 mil por temporada e R$ 150 mil para a disputa da Terceirona. O contrato seria de cinco anos. O nome deste investidor é Marcelo Negrão.   JM – A diretoria do Nacional já recebeu essa proposta?   LAS – Após visitar Uberaba e conhecer as instalações do Nacional, o Marcelo Negrão ficou bastante empolgado. No entanto, ele preferiu estudar alguns detalhes antes de apresentar uma proposta oficial para o Naça. A diretoria do clube desconhece esse assunto, pelo menos por enquanto. No fim de semana, devo encontrá-lo para falar mais sobre o projeto. Antes de assinar qualquer documento, o departamento jurídico do Nacional terá livre acesso ao contrato. (Bruno Souza)     Entrevista com José Humberto de Moraes, presidente do Nacional                          Jornal da Manhã – A reportagem do Jornal da Manhã conversou com o Luiz Antônio dos Santos, mais conhecido como Casão. Ele nos disse que o projeto dele é trazer 11 jogadores para o Nacional, além dos profissionais da comissão técnica. O Nacional aceita essa proposta?   José Humberto de Moraes – Nos interessa. Afinal, ele será o responsável pela folha de pagamento destes atletas. Ele tinha me dito que seriam 11 jogadores, além da comissão técnica. Estou aguardando o envio da minuta do contrato. Se a proposta for boa, irei assinar o contrato. O Gilberto Saldanha está hoje (ontem) em Piracicaba e deverá trazer o pré-contrato. Quero resolver isso logo. Se não der certo a parceria, tenho que buscar o apoio de outras empresas.   JM – O Casão revelou que ele seria o treinador do Nacional na Terceirona. Você já foi comunicado?   JHM - Ele nunca falou sobre esse assunto. Por isso, estou aguardando o contrato para decidir se iremos concretizar ou não a parceria.   JM – Ele nos revelou que o empresário Marcelo Negrão, que esteve em Uberaba na semana passada, pretende construir um Centro de Treinamento para o Nacional. Em troca, o Alvinegro cederia aquela área do JK. Você recebeu alguma proposta dele?   JHM - Não tem nada disso. Ninguém conversou comigo sobre esse assunto. O Marcelo esteve na cidade, mas não falou nada. Apenas visitou o estádio JK e o Uberabão. Ele nos disse que seria o responsável por angariar recursos para a formação da equipe.   JM – Caso ele apresente a proposta, você aceitaria?   JHM – Não falo sobre esse assunto. Sou responsável pela área administrativa do Nacional. Se chegar a proposta, ela será encaminhada ao Conselho Deliberativo. A decisão será dos conselheiros do clube. (BS)      Entrevista com Marcelo Negrão, administrador de empresas   Marcelo Negrão, estava no Rio de Janeiro quando atendeu à reportagem do JM. Tranquilo e direto, o administrador revelou que trabalha com levantamento de recursos e atua em Curitiba e Recife. Em resumo, Negrão tem interesse sim em ajudar o Nacional, desde que em troca dos recursos, o Conselho concorde com a liberação do Clube e Estádio JK para a construção de um prédio residencial.   Jornal da Manhã - Qual o real interesse da sua empresa no clube? Marcelo Negrão - Nós estamos estudando. Não houve proposta. Temos um interesse comercial na área, mas só poderemos fazer qualquer coisa se o Nacional liberar. A ideia é conseguirmos um outro espaço para a construção do Centro de Treinamentos e reabilitação do time.   JM - Já houve algum contato com a Prefeitura Municipal de Uberaba? MN - Não. Nada ainda, porque precisamos dos documentos assinados para tomar qualquer providência.   JM - Qual é a sua ligação com o Casão, o Saldanha e com a construtora interessada no negócio? MN -  Trabalho com levantamento de recursos e o Casão me procurou falando da situação do Nacional. Quando conheci o JK achei que realmente valeria a pena. Com o Saldanha, nenhuma, eu o conheço apenas por nome. Trabalho para muitas empresas, como Casas Bahia e outras que querem investir em determinados locais.   JM - Qual o prazo para fecharem a negociação? MN - Vai depender da diretoria do Nacional. É interessante destacar que a prioridade é reabilitar o time de futebol, pensamos em chegar ao Campeonato Brasileiro. Depois disso muitas coisas virão. Então é importante deixar claro que neste primeiro momento, vamos montar o time e colocá-lo no lugar de onde ele nunca deveria ter saído. Feito isso, aí sim, pensaremos na área, no novo Centro de Treinamentos e outras coisas. (Janaína Sudário) 

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