Reconhecimento facial já prendeu quase 300 foragidos em estádios brasileiros

O reconhecimento facial nos estádios de futebol está mudando a forma de garantir segurança nas arenas esportivas do Brasil. A Lei Geral do Esporte determina o uso da tecnologia em locais com capacidade superior a 20 mil pessoas.

Com essa medida, torcedores passam por monitoramento logo na entrada. O sistema cruza dados de rostos com cadastros oficiais da Justiça. Desde que começou a ser aplicado, quase 300 foragidos já foram presos.

Em São Paulo, somente nos últimos dois anos, foram registradas 214 prisões. Os números fazem parte do programa estadual conhecido como “Muralha Paulista”. Esse projeto fiscalizou mais de um milhão e meio de torcedores em 50 partidas. A ferramenta já está em uso em grandes arenas, como o Allianz Parque e a Neo Química Arena.

Outros clubes, como São Paulo e Santos, também discutem adesão ao modelo. A expectativa é que até 2026 todos os times da Série A e B estejam integrados. Além dos clubes, sites de venda de ingressos devem compartilhar dados com o sistema.

A tecnologia também está conectada ao Banco Nacional de Medidas Penais e Prisões. Isso inclui torcedores banidos dos estádios por envolvimento em brigas. Torcedores que utilizam o sistema relatam mais rapidez na entrada aos jogos. Eles também afirmam sentir mais segurança dentro e fora das arenas.

Autoridades acreditam que a tecnologia ajuda até em crimes fora dos estádios. Isso porque muitos envolvidos em brigas de torcida também frequentam jogos. O Ministério da Justiça defende a medida como fundamental para reduzir a violência. A meta é que o reconhecimento facial seja padrão em todos os grandes eventos esportivos do país.