Para Abel Ferreira o campo irregular foi decisivo tanto para a derrota quanto para as lesões sofridas por Lucas Evangelista e Piquerez (Foto/César Greco/SEP)
O domingo em Salvador foi marcado por frustração para o Palmeiras. Jogando na Arena Fonte Nova, o time paulista viu sua longa invencibilidade no Brasileirão ruir diante do Bahia, que venceu por 1 a 0 com um belo gol de Ademir. Mais do que o resultado, a principal bronca ficou por conta das condições do gramado.
O técnico Abel Ferreira não escondeu a indignação. Para ele, o campo irregular foi decisivo tanto para a derrota quanto para as lesões sofridas por Lucas Evangelista e Piquerez ainda no primeiro tempo. O lateral uruguaio, inclusive, saiu de campo após prender o joelho em uma dividida.
“Estamos falando de futebol de alto nível. É inadmissível disputar uma partida com esse gramado”, desabafou o treinador em coletiva. Segundo Abel, a bola não rolava da forma correta e isso limitou a criatividade da equipe, tornando o confronto mais físico e favorável aos contra-ataques.
A crítica ecoa o discurso do elenco e também da diretoria, que deve formalizar reclamação à CBF. O capitão Gustavo Gómez reforçou que prefere atuar em campo sintético a enfrentar novamente um piso como o da Fonte Nova.
O gol do Bahia nasceu justamente de uma jogada direta: lançamento do goleiro, domínio rápido e finalização precisa de Ademir, que decidiu o jogo. O Palmeiras, por sua vez, pouco conseguiu criar em meio às dificuldades.
Com o tropeço, o time de Abel Ferreira estaciona nos 49 pontos, segue em terceiro lugar e perde a chance de assumir a vice-liderança. O Cruzeiro, concorrente direto, também caiu na rodada, mas manteve a diferença mínima.
Agora, a missão alviverde é reagir rapidamente. O próximo desafio será contra o Vasco, na quarta-feira (1º), às 19h, no Allianz Parque, em confronto fundamental para manter viva a perseguição aos líderes do campeonato.