Atlético afunda no Brasileirão e revive fantasma do rebaixamento de 2011

O Atlético vive um dos momentos mais delicados de sua trajetória recente no Campeonato Brasileiro. Sem vencer há sete partidas, o time caiu para a 15ª colocação na tabela e começa a conviver de perto com a ameaça do rebaixamento. Com 25 pontos conquistados em 22 jogos, o Galo está apenas três à frente do Vitória, primeiro clube dentro da zona da degola.

A sequência negativa preocupa torcedores e dirigentes, já que os números mostram a pior campanha do clube na Série A desde 2011. Naquele ano, o Atlético também somava 24 pontos após 24 rodadas e ocupava a 17ª posição, flertando com a queda.

O alerta é ainda maior porque, em toda a era dos pontos corridos, apenas três temporadas foram piores que a atual: 2010, quando o time ocupava a 18ª posição; 2005, quando esteve na lanterna com 22 clubes participantes; e 2004, quando ficou em 16º em um torneio com 24 equipes.

Neste ano, a matemática mostra o tamanho do desafio. Segundo o Departamento de Estatística da UFMG, a probabilidade de rebaixamento do Atlético é de 15,1%. Para escapar sem sustos, o time precisaria chegar a 45 pontos, número considerado seguro para evitar a queda. Isso significa conquistar pelo menos 20 pontos nos 16 jogos que restam.

O alívio possível está nos dois confrontos atrasados, contra Sport e Fortaleza. Em caso de vitória nos dois, o Galo subiria para 31 pontos e poderia alcançar a 10ª posição. Porém, diante da irregularidade recente, confiar apenas em projeções não tem sido suficiente.

O próximo compromisso será decisivo para acalmar os ânimos. No sábado (27), o Atlético enfrenta o Mirassol, na Arena MRV, em duelo direto para se afastar da parte de baixo da tabela. Antes disso, na quarta-feira (24), o time decide sua sorte na Copa Sul-Americana contra o Bolívar, após empatar em 2 a 2 no jogo de ida na altitude de La Paz.

A pressão aumenta a cada rodada, e a torcida, acostumada a títulos e campanhas de destaque nos últimos anos, cobra reação imediata. A história mostra que o Atlético já passou por momentos semelhantes e sobreviveu. A dúvida é se, desta vez, haverá força suficiente para virar o jogo dentro de campo.