Basquete brasileiro perde Cláudio Mortari, um de seus maiores mestres, aos 77 anos

O basquete brasileiro amanheceu de luto neste Natal. Morreu, aos 77 anos, Cláudio Mortari, um dos treinadores mais vencedores e respeitados da história do esporte no país. A notícia foi confirmada pela Confederação Brasileira de Basquete (CBB), que lamentou a perda de um profissional reconhecido pela intensidade à beira da quadra, pela leitura diferenciada de jogo e pelo papel fundamental na construção de gerações vitoriosas.

Paulistano, Mortari teve trajetória marcante em diversos clubes brasileiros, deixando sua marca em equipes como Palmeiras, Sírio, Corinthians, Flamengo, Pinheiros, São Paulo, entre outros, além da seleção brasileira. Foi ele quem comandou o Brasil nas Olimpíadas de Moscou, em 1980, levando a equipe a um honroso quinto lugar.

Um dos capítulos mais emblemáticos de sua carreira aconteceu um ano antes dos Jogos Olímpicos. Em 1979, à frente do Sírio, Mortari conduziu o time ao título mundial de clubes, em São Paulo, conquistando uma das mais importantes taças já erguidas por uma equipe brasileira no basquete.

Ao longo da carreira, colecionou títulos nacionais, estaduais e internacionais. Foi campeão brasileiro múltiplas vezes, levantou troféus paulistas e cariocas, venceu competições continentais e consolidou-se como referência técnica e humana no esporte. Seu trabalho como formador e líder influenciou atletas, profissionais e instituições ao longo de décadas.

A CBB, o NBB e clubes que tiveram sua trajetória ligada ao treinador prestaram homenagens, destacando sua genialidade, seu legado e sua contribuição para o basquete brasileiro. O São Paulo, clube onde trabalhou entre 2018 e 2021 e conquistou o título paulista, também manifestou pesar e solidariedade à família, amigos e admiradores.

Cláudio Mortari deixa uma história construída com conquistas, respeito e paixão pelo basquete. Vai-se o treinador, permanece o legado de um mestre que marcou para sempre o esporte no Brasil.