O dirigente máximo do futebol mundial se disse apenas mais um torcedor. Com esse argumento, Joseph Blatter tentou se desviar do bombardeio de perguntas sobre jogadores, seleções e arbitragem na Copa do Mundo. Começou respondendo com bom humor, terminou irritado com a insistência dos jornalistas. De um extremo ao outro, elogiou a Espanha e soltou farpas contra Holanda, Inglaterra e outros campeões.
Mesmo medindo as palavras, o presidente da Fifa criticou também a violência na decisão, quando questionado sobre as faltas cometidas pela Holanda. No total, foram 13 cartões amarelos e um vermelho para o zagueiro holandês Heitinga.
Para ele, a invasão de estrangeiros nos campeonatos europeus enfraqueceu a equipe da Inglaterra, ao contrário do que fez com a espanhola.
Na avaliação de Blatter, a entrevista coletiva pós-Copa não era o momento, também, para tratar da atuação do árbitro inglês Howard Webb na decisão. Webb foi criticado por holandeses e espanhóis. O presidente da Fifa evitou comentários e disse apenas "que foi claramente um jogo muito difícil para o trio de arbitragem".