Júlio César Agripino e Yeltsin Jacques festejam dobradinha no Mundial Paralímpico de atletismo (Foto/Cris Mattos/CPB)
O Brasil viveu uma terça-feira (30) histórica no Mundial Paralímpico de Atletismo, em Nova Déli, na Índia. A delegação conquistou 14 medalhas em um único dia – três ouros, sete pratas e quatro bronzes –, saltando de 13 para 27 pódios e assumindo a liderança do quadro de medalhas, agora com sete ouros, 14 pratas e seis bronzes. O país ultrapassou a China e segue em busca do melhor desempenho da história da competição, cujo recorde brasileiro é de 47 medalhas, alcançado em Paris 2023.
Entre os destaques, Claudiney Batista tornou-se tetracampeão mundial no lançamento de disco F56, com 45,67m. O mineiro de 46 anos soma oito medalhas em Mundiais e se junta a Petrúcio Ferreira, Beth Gomes e Thalita Simplício no seleto grupo de brasileiros com quatro títulos.
No período da noite, Ricardo Mendonça confirmou sua grande fase ao conquistar o ouro nos 200m T37 (22s77), após já ter vencido os 100m. O fluminense soma seis medalhas em Mundiais e três em Paralimpíadas. Yeltsin Jacques completou a trinca dourada do dia nos 1.500m T11, estabelecendo novo recorde da competição (4min02s02).
As pratas ficaram com Júlio Agripino (1.500m T11), Matheus de Lima (100m T44, com recorde das Américas), Beth Gomes (arremesso de peso F53), Daniel Tavares Martins (400m T20), Bartolomeu Chaves (200m T37), Rayane Soares (200m T13) e o jovem João Matos Cunha (100m T72), de apenas 17 anos.
Os bronzes vieram com Edenilson Floriani, que quebrou o recorde mundial da classe F42 no lançamento de dardo (62,36m), mas ficou em terceiro na disputa agrupada da F44; Fabricio Ferreira (100m T13); Giovanna Boscolo (lançamento de club F32); e Verônica Hipólito (100m T36).
O Mundial segue até domingo (5), e o Brasil busca superar seu recorde de 47 pódios para consolidar a melhor campanha da história da delegação.