LIBERTADORES

Bruno Henrique marca e dá vantagem mínima ao Flamengo sobre o Olimpia na Libertadores

Fábio Hecico
Publicado em 04/08/2023 às 07:23Atualizado em 04/08/2023 às 07:26
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Bruno Henrique, mais uma vez, deu vitória ao Flamengo em um jogo muito complicado. (Foto/Daniel Castelo Branco)

Bruno Henrique, mais uma vez, deu vitória ao Flamengo em um jogo muito complicado. (Foto/Daniel Castelo Branco)

O Flamengo cumpriu seu papel de abrir vantagem sobre o Olimpia e jogará pelo empate no Paraguai na volta das oitavas de final da Copa Libertadores, na próxima semana. Em jogo bastante truncado e com os visitantes postados totalmente na defesa, um gol de cabeça de Bruno Henrique no começo do segundo tempo definiu a vitória por 1 a 0 no Maracanã.


Nome de confiança de Jorge Sampaoli desde o retorno após recuperação longa de cirurgia no joelho, Bruno Henrique ainda poderia ter feito outro belo gol no fim, mas mandou raspando. Os paraguaios, apesar da postura defensiva, ainda acertaram o travessão duas vezes.

Foi o primeiro jogo do Flamengo depois da confusão entre Pedro e o preparador físico Pablo Fernandez. O atacante cumpriu punição da diretoria por causa da confusão de sábado que resultou na demissão do auxiliar de Sampaoli, e foi desfalque no Maracanã. O atacante se recusou a aquecer na visita ao Atlético-MG e acabou agredido pelo profissional argentino nos vestiários com tapas e um soco no rosto. Perdeu a partida e teve descontados 5% de seu salário.

Além do camisa 9, o técnico Jorge Sampaoli ainda não pôde utilizar Filipe Luís e Léo Pereira. Lateral e zagueiro foram cortados dos relacionados por causa de dores musculares. Allan ganhou a posição de Thiago Maia como primeiro volante. Do mais, a formação considerada titular dos últimos jogos.

O histórico duelo sempre foi regado a muitos gols, o que deixava a torcida rubro-negra no lotado Maracanã confiante em um grande resultado para evitar pressão desnecessária na volta, daqui uma semana - o Flamengo fez 5 a1 no último encontro em casa, por exemplo. Aliado a isso, a série de 13 vitórias seguidas no palco pela Libertadores e a crise no time paraguaio, sem ganhar desde junho e com cinco desfalques.

Os primeiros minutos, contudo, foram de pouca bola rolando e muita truculência. Allan levou cartão amarelo com somente um minuto. Os paraguaios também amarravam bastante o jogo, com trombadas e sempre deixando um flamenguista no chão. A torcida se irritava com tantas faltas sem resposta do árbitro, que "deixava" o Olímpia bater. O clima ficou quente e uma confusão generalizada paralisou o jogo aos 21 minutos.

Encontrando enorme dificuldade para entrar na área, o Flamengo demorou a levar perigo. As primeiras chances foram em chutes dos laterais Wesley e Ayrton Lucas de longa distância. Os cariocas tinham a bola e não sabiam o que fazer. Gabigol até escanteio cobrou, em demonstração que algo estava errado. Tudo poderia ser pior se a bomba de González não explodisse no travessão.

O alívio veio no começo da etapa final. Gabigol mandou na cabeça de Bruno Henrique e a parede defensiva acabou superada. Gol para abrir o jogo. Logo depois, os paraguaios reclamaram de pênalti em toque de mão de David Luiz. O VAR não viu lance intencional. A partida até então truncada melhorou, mesmo, com os visitantes ainda ressabiados em sair de trás. Perder por um gol de diferença ainda não era ruim.

A dificuldade que o Flamengo tinha em entrar na área nos 45 minutos iniciais já não existiam mais. A todo momento um jogador era encontrado em condições de ampliar o placar. Um pouco de calma e pontaria e o segundo gol sairia logo. Arce conversava com seus comandados para tentar ajustar a marcação. Já Sampaoli pedia para todos avançarem. Gerson e David Luiz pararam em Espínola. Bruno Henrique também teve chance de ampliar, assim como os paraguaios chegaram perto do empate com nova bola na trave, desta vez de Quintana. Mas o resultado mínimo foi confirmado.

FICHA TÉCNICA

FLAMENGO 1 x 0 OLIMPIA

FLAMENGO - Matheus Cunha; Wesley, Fabrício Bruno, David Luiz e Ayrton Lucas; Allan (Thiago Maia), Gerson, Arrascaeta e Everton Ribeiro (Victor Hugo); Bruno Henrique e Gabriel Barbosa. Técnico: Jorge Sampaoli.

OLIMPIA - Espínola; Alejandro Silva (Salazar), Romaña, Gamarra e Zabala; Ortiz, Gómez (Martínez), Cardozo (Diego Torres) e Ivan Torres; Fernández (Quintana) e González (Montenegro). Técnico: Francisco Arce.

GOLS - Bruno Henrique, aos 2 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Darío Herrera (Argentina).

CARTÕES AMARELOS - Allan e Bruno Henrique (Flamengo); Torres, Salazar, Ortiz e Fernández (Olimpia).

RENDA - R$ 3.616.415,75.

PÚBLICO - 60.898 pagantes (67.066 presentes).

Local - Maracanã, no Rio.

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