É entre o favoritismo e o descrédito que o Brasil estreia hoje no Mundial, contra a misteriosa Coreia do Norte, às 15h30, em Johanesburgo
Campeã da Copa América e da Copa das Confederações. Primeiro lugar nas eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo. Vitórias convincentes sobre Portugal, Argentina e Itália. Apontada como favorita pela maioria dos rivais no Mundial sul-africano. O retrospecto a favor, porém, não livra a Seleção Brasileira da desconfiança da torcida e da imprensa.
É entre o favoritismo e o descrédito que o Brasil estreia hoje no Mundial, contra a misteriosa Coreia do Norte, às 15h30, em Johanesburgo. Respaldado por números e retrospecto positivos, o técnico Dunga comanda a seleção com pulso firme, discurso patriota e blindagem aos 23 convocados.
O alvo principal de Dunga é a imprensa, que não vê nos reservas da seleção qualidade à altura para substituir a maioria dos titulares - em especial, Kaká.
Hoje, a filosofia do treinador será posta em prática contra uma equipe desconhecida, que só tem uma participação em Mundiais e nunca enfrentou o Brasil.
Qualquer resultado na estreia que não uma vitória brasileira por larga margem de gols aumentará ainda mais a pressão externa sobre Dunga, que fechou os treinos à imprensa em três dos últimos quatro dias de preparação para a partida.
O atacante Luís Fabiano, principal esperança de gols do Brasil, sinaliza que a cartilha de Dunga, ignorar o ambiente externo à equipe, foi assimilada pelo elenco.
Na equipe norte-coreana, o sigilo é ordem na delegação comandada pelo treinador Kim Jong-hun. A equipe só venceu dois dos 11 jogos preparatórios para o Mundial e, em solo sul-africano, se manteve longe dos olhares do público e da imprensa até a véspera da estreia.