Crise política toma conta do São Paulo e conselheiros articulam saída de Casares

A situação política do São Paulo voltou a esquentar e colocou o presidente Júlio Casares no centro de uma pressão inédita dentro do clube. O dirigente, que iniciou a gestão amparado por uma base ampla, hoje vê parte desse mesmo grupo virar as costas e se alinhar com a oposição, que articula oficialmente seu afastamento.

Nos bastidores, o clima é de ruptura. Conselheiros que antes atuavam como sustentação administrativa passaram a defender publicamente a saída de Casares, alegando desgaste institucional e perda de confiança. O movimento amplia o impacto da crise, porque agora não se trata apenas de disputa entre governo e oposição, mas de rachadura no próprio núcleo de apoio do presidente.

O número de assinaturas favoráveis ao afastamento cresceu nos últimos dias e já ultrapassa confortavelmente o patamar inicial apresentado pelos opositores. Essa somatória reforça a pressão para que o Conselho Deliberativo convoque uma reunião extraordinária e analise formalmente o pedido de impeachment.

Caso a votação seja aberta, o processo exige quórum qualificado para aprovar o afastamento. Se a decisão for confirmada, o comando do clube passa provisoriamente ao vice-presidente até a eleição que definirá o próximo mandatário.

A crise política acontece em um momento de grande sensibilidade institucional. Além dos questionamentos internos, episódios recentes envolvendo o ambiente administrativo aumentaram a tensão no Morumbi, alimentando a sensação de instabilidade entre conselheiros e sócios.

Independentemente do desfecho, o São Paulo vive um dos capítulos mais tensos dos últimos anos. A disputa pelo poder já ultrapassou o campo político tradicional e agora coloca em jogo a própria condução do clube até a próxima eleição.