Cruzeiro rebate acusações de Kalil

O diretor de futebol do Cruzeiro, Eduardo Maluf, concedeu entrevista coletiva ontem para esclarecer algumas questões levantadas pelo presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil. Ele falou da valorização do Campeonato Mineiro nos últimos anos, das reclamações do adversário sobre arbitragem e da vitória no caso Wellington Paulista. Ante as alegações que o Campeonato Mineiro está "desmoralizado", Maluf respondeu que com trabalho sério uma competição que não despertava interesse algum por parte de emissoras de televisão tornou-se extremamente rentável, só perdendo para o Brasileirão.   Maluf lembrou que as disputas entre os rivais mineiros nos últimos anos foram marcadas por reclamações do adversário sobre os árbitros. Mudanças foram feitas na comissão de arbitragem, juízes de outros estados trabalharam em clássicos e a prática não mudou. O dirigente avalia que o trabalho realizado em Minas Gerais deve ser valorizado e a disputa ficar restrita ao campo, onde o Cruzeiro tem se saído melhor nos últimos anos. O dirigente celeste defendeu ainda a atuação do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-MG), que em segunda instância deu ganho de causa ao Cruzeiro e eliminou a perda de seis pontos ganhos pela escalação de Wellington Paulista na estreia do Campeonato Mineiro. O presidente rival disse, "ironicamente", que não há mais suspensão automática no Campeonato Mineiro, mas o clube agiu respaldado pela legislação.   Por fim, Maluf comentou a "acusação" de que teria pressionado o presidente da comissão de arbitragem, Jurandy Gama Filho, com uma conversa "ao pé do ouvido", após a cerimônia de entrega do Troféu Guará, no dia 22, na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), em Belo Horizonte. O dirigente não negou a conversa e disse apenas que reclamou da suspensão do árbitro do último clássico contra o Atlético-MG, Renato Cardoso Conceição, por pressão do rival.