É vencer ou vencer. Dunga não se ilude com os títulos que a seleção brasileira conquistou sob seu comando. Em sua primeira entrevista na África do Sul, o treinador admitiu que tudo o que aconteceu nos últimos três anos e oito meses dependerá de uma coisa: o título da Copa do Mundo. “Tudo que já fizemos até agora vai ser medido por essa competição. Tudo que ganhamos faz parte do passado. Temos que conquistar o próximo título, que é a Copa. Estamos cientes que só o próximo objetivo é o que vale”, comentou ele no hotel da delegação, na tarde desta quinta-feira, manhã no Brasil. A seleção brasileira chega como uma das favoritas ao Mundial da África do Sul e credenciada pelos títulos da Copa das Confederações e da Copa América, além da primeira colocação nas eliminatórias. No entanto, o potencial vitorioso é acompanhado por pressão equivalente ou maior sobre o Brasil. “A seleção tem que ganhar a Copa, não tem outra forma. É claro que em uma final de Copa tudo pode acontecer, mas isso só os otimistas acham”, argumentou Dunga. Sexo. Dunga tem imposto regimes conservadores à seleção brasileira antes da Copa, como proibir presença de torcida e imprensa nos treinos. Mas, no que diz respeito às horas vagas dos jogadores, o treinador é liberal e diz não se importar se os jogadores fizerem sexo ou o que quiserem fazer. Durante a entrevista coletiva, o técnico da seleção foi questionado se compartilha a postura de Diego Maradona, contraparte argentino, que liberou seus jogadores para fazer sexo, beber vinho e tomar sorvete durante a concentração na África do Sul. "Não. Acho que temos que respeitar as individualidades quando estamos concentrados, todo mundo tem que respeitar o bom convívio geral. Mas quando cada um tiver tempo livre, depende. Nem todo mundo gosta de sexo, de tomar seu vinho, de sorvete. Então, temos que respeitar'', falou Dunga.