Gabrielzinho levou o ouro nas Paralimpíadas de Paris (Foto/Wander Roberto/CPB)
O nadador Gabriel Araújo abriu o quadro de medalhas do Brasil nas Paralimpíadas de Paris-2024. Nesta quinta-feira (29), logo no primeiro dia de competições paralímpicas, ele ficou com o ouro nos 100 m costas da categoria S2 (para nadadores com deficiência física severa), prova na qual ficou em segundo há três anos, nos Jogos de Tóquio.
Gabrielzinho, que largou na raia 5 da piscina na Arena La Défense, marcou 1min53s67, seis segundos melhor que o tempo da classificatória de manhã. Ele foi o único a nadar abaixo dos dois minutos. O russo Vladimir Danilenko ficou com a prata, e o chileno Alberto Abarza — o homem que levou o ouro em Tóquio — foi bronze.
Além dele, outro Brasil conquistou outras duas medalhas no dia, também na natação. O pernambucano Phelipe Andrews Rodrigues ganhou a medalha de prata nos 50m livre S10 masculino. Ele fez a prova em 23s54. O ouro ficou com o australiano Thomas Gallagher com 23s40 e o bronze com o compatriota dele, Rowan Crothers, com 23s79. Essa foi a nona medalha em Jogos Paralímpicos do nadador. Ele chega a seis pratas e três bronzes, o maior medalhista da delegação brasileira em Paris.
O paulista Gabriel Bandeira conquistou a medalha de bronze na prova 100m borboleta S14 com o tempo de 55s08. O ouro ficou com o dinamarquês Alexander Hillhouse (54s61) e a prata com o britânico William Ellard (54,86).
Emoção de Gabrielzinho
A primeira medalha em Paris — que inaugura também o quadro de medalhas para o Brasil — é a quarta de Gabrielzinho, de 22 anos. Em Tóquio-2020, além da prata nos 100 m costas, ele ficou com o ouro nos 200 m livre e 50 m costas.
"Estou muito feliz, muito emocionando com o que foi a prova porque é uma prova muito difícil, que mexe comigo, tanto por ter sido prata. É a prova mais difícil para mim. Trabalhei muito para isso. A gente fez de tudo para que essa medalha de prata virasse ouro. Do jeito que a foi a prova, foi melhor ainda. Eu amassei, eu acabei com a prova e posso gritar que sou campeão dos 100 m costas nas Paralimpíadas", afirmou ele ao SporTV após a conquista.
O brasileiro tem a sexta-feira para celebrar, mas no sábado já volta às piscinas para defender seu título dos 50 m costas.
Antes do início da competição, na quarta-feira (28), Gabriel já tinha sido porta-bandeira da delegação brasileira na cerimônia de abertura, na place de La Concorde, ao lado de Beth Gomes, do atletismo.
"Só fiz a entrada [na cerimônia de abertura] e fiquei uns 20, 30 minutos. O foco principal é aqui na piscina, consegui chegar cedo, jantar cedo, fazer o meu ritual para a competição, foi tudo tranquilo", disse. De fato, nada tem atrapalhado, ou ficado na frente, de Gabrielzinho.
Fonte: O Tempo