Defesa de Andrés Sanches promete contesta (Foto/Danilo Fernandes/Meu Timão)
O Ministério Público de São Paulo apresentou uma nova denúncia contra o ex-presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, por supostos crimes de natureza tributária e lavagem de dinheiro. Além das acusações, o órgão requer que o dirigente ressarça R$ 101 mil ao clube.
Esta não é a primeira vez que o ex-mandatário alvinegro enfrenta questionamentos judiciais. Ele já havia sido denunciado anteriormente por apropriação indébita, lavagem de dinheiro e falsificação de documento tributário, em processo que se encontra suspenso.
Na nova ação, o Ministério Público afirma que Sanchez utilizou o cartão corporativo do Corinthians para despesas pessoais e de terceiros entre agosto e setembro de 2020. Segundo a investigação, os gastos totalizaram cerca de R$ 25 mil. Para o MP, os valores teriam sido empregados de forma irregular, uma vez que o cargo exercido pelo dirigente não era remunerado, e o uso do cartão não teria finalidade institucional.
A promotoria também sustenta que, após a utilização dos recursos, houve tentativa de encobrir a origem dos valores por meio de operações classificadas como lavagem de capitais, envolvendo notas fiscais emitidas em nome próprio e de outras pessoas físicas e jurídicas, o que poderia configurar ainda falsidade tributária.
Como parte das medidas cautelares, o MP solicita que Andrés Sanchez seja impedido de acessar dependências do Corinthians, mantenha distância de testemunhas e dirigentes, não exerça qualquer função associativa ligada ao clube, tenha restrições de viagens nacionais e internacionais e seja submetido a monitoramento eletrônico.
O Ministério Público ainda pediu que o caso não seja analisado pela mesma magistrada que rejeitou parcialmente a primeira denúncia por falta de provas quanto a alguns crimes.
A defesa de Andrés Sanchez declarou estranheza diante da nova denúncia e afirmou que irá contestar as acusações judicialmente, reiterando confiança na absolvição do ex-presidente do clube.