Revelado nas divisões de base do Corinthians, Wagner Basílio estreou no time principal no fim da década de 1970 (Foto/Redes Sociais)
Faleceu em São Paulo, aos 65 anos, o ex-zagueiro Wagner Basílio, um dos nomes mais emblemáticos do futebol brasileiro nos anos 1980. O ex-jogador lutava desde 2019 contra uma insuficiência renal crônica, que exigiu um transplante de rim realizado em 2021. Apesar do procedimento bem-sucedido na época, as complicações decorrentes da doença acabaram levando-o a óbito nesta semana.
Revelado nas divisões de base do Corinthians, Wagner Basílio estreou no time principal no fim da década de 1970. Com a camisa alvinegra, disputou 258 partidas e conquistou três títulos do Campeonato Paulista: em 1979, 1982 e 1983. Foi uma peça importante durante o período conhecido como Democracia Corintiana, quando futebol e política caminharam lado a lado no clube.
Em 1985, transferiu-se para o rival São Paulo, onde viveu um de seus momentos mais memoráveis. Na decisão do Campeonato Brasileiro de 1986, coube a Basílio cobrar o pênalti decisivo contra o Guarani, selando a vitória tricolor. No clube do Morumbi, também levantou o troféu do Paulistão de 1987 e marcou quatro gols em 96 partidas.
Nos anos seguintes, seguiu sua carreira por outras regiões do país. Passou por Coritiba e Sport, até chegar ao Bahia, clube onde jogou entre 1989 e 1992. No Tricolor Baiano, foi campeão estadual em 1991 e ajudou o time a alcançar a semifinal do Brasileirão de 1990.
Além do sucesso em clubes, Wagner Basílio também vestiu a camisa da Seleção Brasileira, reforçando sua posição como um dos grandes zagueiros de sua geração. Reconhecido pela liderança, inteligência tática e serenidade, deixou sua marca como um defensor seguro e decisivo.
Sua morte representa uma perda sentida no meio esportivo. Basílio deixa um legado de conquistas e respeito tanto dentro quanto fora de campo.